Tensões globais

Petróleo fecha em queda com aumento de estoques nos EUA e preocupação com excesso de oferta

Investidores foram influenciados por aumento dos estoques nos EUA; Brent caiu 1,43%, a US$ 63,52 o barril

Navio tanque Margara para exploração offshore de petróleo (Foto Guarda Costeira dos EUA)
Navio tanque Margara para exploração offshore de petróleo (Foto Guarda Costeira dos EUA)

O petróleo fechou em queda nesta quarta-feira (5/11) e estendeu as perdas da última sessão, após aumento nos estoques da commodity nos EUA e persistência de preocupações sobre um possível excesso de oferta.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para janeiro recuou 1,43% (US$ 0,92), a US$ 63,52 o barril, enquanto o petróleo WTI para dezembro, negociado na Nymex, fechou em queda de 1,59% (US$ 0,96), a US$ 59,60 o barril.

Nesta quarta, o Departamento de Energia (DoE) norte-americano informou que os estoques de petróleo subiram 5,202 milhões de barris, contrariando as expectativas de queda dos analistas consultados pelo The Wall Street Journal.

O dado também mostrou recuo nos estoques de gasolina, destilados e taxa de utilização de refinarias, levando os preços da commodity a reduzirem perdas brevemente, antes de retomarem queda forte.

De acordo com o ING, o petróleo teve um desempenho “relativamente bom em comparação a outros ativos” na terça, embora as preocupações com o excesso de oferta e demanda incerta afetem o sentimento do mercado.

Por outro lado, os preços recebem certo suporte dos riscos de interrupção no fluxo de petróleo russo devido a guerra na Ucrânia e às sanções dos EUA.

Durante a madrugada da terça (04/11), uma refinaria da Lukoil, em Nizhny Novgorod, na Rússia, foi atingida por drones da Ucrânia, segundo informações do The Kyiv Independent.

A ofensiva aconteceu enquanto o local passava por reparações em suas estruturas de processamento primário de petróleo.

O Ritterbusch avalia que balanços globais de petróleo cada vez mais negativos estão sendo observados, mas que são contrabalançados pela necessidade de manter um prêmio de medo relacionado à guerra entre Ucrânia e Rússia, “onde permanece a possibilidade de novos ataques ucranianos à infraestrutura petrolífera russa”.

Por Isabella Pugliese Vellani, com informações da Dow Jones Newswires

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