O petróleo fechou em queda nesta quarta-feira (12/11), interrompendo uma sequência de três sessões consecutivas de alta. O movimento foi influenciado por preocupações com o aumento da oferta global, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) projetar equilíbrio entre oferta e demanda em 2026 — uma revisão significativa em relação às estimativas anteriores de déficit.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para janeiro recuou 3,76% (US$ 2,45), a US$ 62,71 o barril, enquanto o petróleo WTI para dezembro, negociado na Nymex, fechou em queda de 4,37% (US$ 2,66), a US$ 58,38 o barril.
O cartel manteve estáveis as previsões para a demanda de petróleo em 2025 e 2026, mas elevou as projeções para a produção de países fora da Opep+ este ano.
Já o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE) manteve a projeção para o preço médio do barril do Brent em 2025 em US$ 69, e elevou a estimativa para 2026 de US$ 52 para US$ 55.
“Devido a uma leve revisão para baixo da demanda de petróleo e ao aumento da oferta de países não pertencentes à Opep+ no terceiro trimestre, o secretariado da Opep agora também prevê um excedente para o período. Dito isso, ele ainda é muito menor em comparação com as previsões da EIA e da AIE”, afirmou o analista do UBS, Giovanni Staunovo.
A Agência Internacional de Energia (AIE), por sua vez, afirmou que a demanda global por petróleo e gás pode continuar crescendo até 2050, considerando o cenário atual de políticas energéticas.
Apesar das pressões de oferta, analistas veem fatores que podem sustentar os preços no curto prazo. Segundo Tony Sycamore, analista da IG Market, a reabertura do governo dos EUA pode fortalecer a confiança do consumidor e impulsionar a atividade econômica, o que tende a aumentar a demanda por petróleo bruto.
Por Larissa Bernardes, com informações da Dow Jones Newswires
