Os contratos futuros de petróleo fecharam a quinta-feira (12/6) em baixa, com realizações de lucros após o salto da véspera, enquanto os investidores acompanham as notícias sobre os crescentes esforços no Oriente Médio. Mais cedo, autoridades norte-americanas foram informadas de que Israel está pronto para lançar uma operação contra o Irã.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para agosto perdeu 0,59% (US$ 0,41), para US$ 69,36 o barril, enquanto o petróleo WTI para julho, negociado na Nymex, caiu 0,16% (US$ 0,11), fechando a US$ 68,04 o barril.
Depois de registarem ganhos expressivos na quarta-feira (11), os futuros do petróleo chegaram a ter algum apoio da diminuição das expectativas em relação a um acordo nuclear com os EUA. Relatos de que Israel estaria preparando uma operação contra o Irã também contribuíram para o cenário.
O ímpeto perdeu força ao longo da sessão, enquanto as operações obtiveram lucros de curto prazo, apesar da intensificação das dificuldades no Oriente Médio, afirma em nota Peter Cardillo, da Spartan Capital.
Segundo o estrategista da Pepperstone Ahmad Assiri, os preços do petróleo provavelmente continuarão voláteis. Os mercados estão atentos às geopolíticas e ao panorama do fundo econômico global, afirma.
“A interação entre as movimentações geopolíticas e a força da demanda subjacente sugere que a dinâmica do mercado de petróleo continuará sujeita às oscilações”, diz Assiri. Para ele, os operadores devem considerar a probabilidade de volatilidade associada às mudanças no risco regional.
De acordo com o Morgan Stanley, o mercado de óleo deve entrar em superávit no quarto trimestre e a oferta maior que a demanda pode romper o Brent para a faixa de US$ 50 por barril ainda no primeiro semestre do ano que vem.
A elevada capacidade ociosa dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sugere que o grupo pode retomar a sua produção rapidamente, o que tem pressionados os preços, afirmam os analistas do banco.
Por Pedro Teixeira. Com informações da Dow Jones Newswires.