Os contratos futuros de petróleo subiram nesta terça-feira (3/2), com os investidores reagindo à nova escalada na guerra entre Rússia e Ucrânia, fator que reacendeu os temores sobre o fornecimento global de energia. É a segunda sessão consecutiva de alta para a mercadoria.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para agosto subiu 1,55% (US$ 1,00), a US$ 65,63 por barril, enquanto o petróleo WTI para julho, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), avançou 1,42% (US$ 0,89), encerrando a sessão cotada a US$ 63,41 por barril.
Na segunda-feira (2), os preços já haviam sido disparados após a Ucrânia lançar ataques com drones contra bases aéreas militares dentro do território russo, danificando parte da frota de bombardeiros de Moscou.
A guerra, que já se estende por 40 meses, dá poucos sinais de trégua, com a intensificação dos ataques com mísseis e drones nas últimas semanas.
Segundo analistas da ANZ Research, os ataques ucranianos dificultam avanços nas negociações para um cessar-fogo e elevam os riscos ao suficiente global, impulsionando o apetite dos investidores pelo petróleo.
O mercado também ignorou, por agora, a sinalização da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) de que pretende aumentar a produção em 411 mil barris por dia em julho.
Parte dos analistas esperava um incremento ainda maior, à medida que o cartel desmonta gradualmente os cortes adotados nos últimos meses para sustentar os preços.
Apesar da decisão, algumas vozes dentro do próprio grupo, incluindo a Rússia, demonstraram resistência ao ritmo de expansão da oferta, o que, segundo a ANZ, reduz a probabilidade de novos aumentos de produção no segundo semestre.
No cenário internacional, reportagem da Reuters apontou que a demanda da China tem compensado a queda nas exportações de petróleo da Venezuela para os EUA.
Além disso, o Irã deve rejeitar a proposta dos Estados Unidos para um acordo nuclear, negociação considerada fundamental para o colapso das avaliações sobre o país, um dos principais produtores globais.
Por Poliana Santos. Com informações da Dow Jones Newswires.