Tensões globais

Petróleo fecha em alta leve após Opep+ indicar manutenção de níveis com mais oferta em dezembro

Investidores foram influenciados por aumento da produção em dezembro; Brent subiu 0,19%, a US$ 64,89 o barril

Logo da Opep na fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)
Fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)

O petróleo fechou em alta marginal na primeira sessão do mês de novembro, após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) afirmar que pretende manter os níveis de produção no início de 2026 depois de anunciar um pequeno novo aumento em dezembro.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para janeiro avançou 0,19% (US$ 0,12), a US$ 64,89 o barril, enquanto o petróleo WTI para dezembro, negociado na Nymex, fechou em alta de 0,11% (US$ 0,07), a US$ 61,05 o barril. 

Após fechar novembro com queda acumulada, os contratos respondem de forma limitada ao sinal da Opep+ de que pretende interromper a entrega adicional de barris entre janeiro e março, após anunciar o aumento de 137 mil barris em dezembro.

“A decisão ajudou o petróleo bruto dos EUA a começar a semana em alta, embora os compradores ainda pareçam hesitantes em romper níveis técnicos importantes”, escreveu a analista do Swissquote, Ipek Ozkardeskaya.

“A faixa de US$ 62 a US$ 62,15 por barril — que inclui a pequena retração de Fibonacci de 23,6% da queda de junho a outubro e a média móvel de 50 dias — provavelmente continuará sendo um teto difícil por enquanto”, completou.

Segundo a analista do BofA, Jean Salisbury, embora a Opep tenha atribuído a pausa de três meses à sazonalidade (normalmente menor demanda no primeiro trimestre), “isso certamente sugere que a Opep+ reconhece o excesso de oferta e provavelmente indica que não deseja que os preços do petróleo recuem muito (ou seja, abaixo de US$ 50)”.

Para a analista, esse possível “piso” deve ser visto de forma positiva pelos investidores.

Paralelamente, o mercado assimilava declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse, em entrevista, não acreditar que os EUA se envolverão em uma guerra contra a Venezuela. O dirigente, contudo, avaliou que os dias de Nicolás Maduro como presidente venezuelano estão contados.

Por Patricia Lara, com informações da Dow Jones Newswires

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