Tensões globais

Petróleo fecha em alta, impulsionado por queda de estoques e redução de comércio Índia-Rússia

Investidores foram influenciados por queda nos estoques americanos; Brent subiu 2,07%, a US$ 62,59 o barril

Vladimir Putin e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, durante negociações russo-indianas, no Kremlin (Moscou), em 9 de julho de 2024 (Foto Kremlin)
Putin e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, durante negociações russo-indianas, no Kremlin, em 9 de julho de 2024 (Foto Kremlin)

O petróleo fechou em alta nesta quarta-feira (22/10), estendendo ganhos da última sessão, com os contratos impulsionados pela queda de estoques e planos do Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) de repor parcialmente sua reserva estratégica de petróleo. Os preços também receberam o suporte de notícias de redução de compras da Índia pela commodity russa.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para dezembro avançou 2,07% (US$ 1,27), a US$ 62,59 o barril, enquanto o petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex, fechou em alta de 2,20% (US$ 1,26), a US$ 58,50 o barril. 

Em análise, o ANZ Research afirma que os preços do petróleo recebem o suporte dos planos do DoE. Segundo os especialistas, os EUA planejam comprar óleo para entrega em dezembro e janeiro, visando aumentar as reservas, que estão 60% cheias. É estimado que as compras cheguem a cerca de 3 milhões de barris, com base nos preços atuais.

Ainda hoje, os preços do óleo se fortaleceram em território positivo após o DoE informar uma queda inesperada nos estoques na semana passada. No entanto, para a corretora XS.com, a recuperação nos valores parece ser mais “psicológica do que uma mudança fundamental na direção do mercado”.

“Os traders continuam cientes de que qualquer revés nas negociações comerciais ou nova escalada tarifária pode anular rapidamente esses ganhos”, acrescenta.

A notícia de que o governo da Índia considera diminuir gradualmente as compras de petróleo de Moscou para concluir um acordo comercial com os EUA e reduzir tarifas comerciais também deram fôlego para a commodity durante a sessão.

Por Isabella Pugliese Vellani, com informações da Dow Jones Newswires

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