Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (30/1) enquanto os investidores aguardam mais informações sobre como as tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Canadá e México – fornecedores do óleo bruto – devem refletir no setor.
O mercado também se mantém à espera da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que acontecerá na segunda-feira.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março fechou em alta de 0,15% (US$ 0,11), a US$ 72,73 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 0,37% (US$ 0,28), a US$ 75,89 o barril.
Segundo a Capital Economics, as tarifas americanas sobre as importações de petróleo canadense e mexicano resultariam em uma menor produção da commodity por esses países, o que poderia levar a um aperto no mercado global no médio prazo. A Valero alertou para o risco de uma queda de 10% no refino de petróleo caso os Estados Unidos avancem com uma tarifa sobre as importações canadenses.
A consultoria britânica acredita que o apelo de Trump para que a Opep+ “reduza o custo do petróleo” dificilmente mudará o resultado da reunião do cartel na segunda-feira e que é provável que o grupo mantenha o plano de aumentar gradualmente a produção do óleo a partir de abril.
Em análise, o Citi menciona que as negociações do petróleo estão em um movimento de alta desde dezembro do ano passado, motivadas pelas sanções do ex-presidente dos EUA, Joe Biden, aos petroleiros da Rússia.
Além desse motivo, o banco destaca as expectativas de possíveis sanções da potência mundial contra o Irã e de pausas na produção de petróleo nos EUA por conta de uma onda de frio.
Estoques em alta
Aumento de 3,463 milhão de barris nos estoques americanos, a 415,126 milhões de barris na semana passada, segundo o DoE, superaram as estimativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal que previam alta menor, de 1,1 milhão de barris.
Os estoques de gasolina, entretanto, tiveram alta de 2,957 milhões de barris, a 248,855 milhões de barris, enquanto a projeção era de ampliação de 200 mil de barris. Já os de destilados recuaram 4,994 milhões de barris, a 123,951 milhões de barris, quando a previsão era queda de 2,6 milhões de barris.
A taxa de utilização da capacidade das refinarias caiu de 85,9% para 83,5%, ante a previsão de 85,2%.
Os estoques de petróleo no centro de distribuição de Cushing tiveram alta de 326 mil barris, a 20,981 milhões de barris. A produção média diária de petróleo caiu a 13,240 milhões de barris na semana.
Com informações da Dow Jones Newswires