Os contratos futuros do petróleo fecharam em forte alta nesta terça-feira (23/9), ensaiando reversão das perdas registradas nas quatro sessões anteriores, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçar ameaças de tarifas à Rússia e acusar o Hamas de rejeitar ofertas de paz em Gaza.
Tensões geopolíticas também contribuíram para o movimento.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para dezembro subiu 1,51% (US$ 1,00), a US$ 66,97 o barril, enquanto o petróleo WTI para novembro, negociado na Nymex, registrou alta de 1,81% (US$ 1,13), a US$ 63,41 o barril.
Trump afirmou hoje que o Hamas tem rejeitado ofertas de paz e também pediu esforços para encerrar a guerra na Ucrânia, criticando duramente países que, em sua avaliação, financiam o conflito ao comprar petróleo russo — como China e Índia.
O cenário ajudou a impulsionar as cotações hoje, com Trump renovando seu apelo para que os países da União Europeia parem de comprar a commodity russa, diz Robert Yawger, do Mizuho.
O movimento foi amplificado pelo adiamento das exportações do Curdistão para o mercado global, após um impasse entre empresas petrolíferas e o governo iraquiano.
Ainda assim, a rápida reversão dos cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) e o excedente de 2,14 milhões de barris por dia de petróleo bruto no quarto trimestre tendem a os preços para baixo à frente, pontua a Rystad Energy.
Por Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires