Os preços do petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (5/6), com investidores reagindo positivamente a sinais de distensão nas relações comerciais entre Estados Unidos e China.
O movimento ajudou a reduzir preocupações com o aumento previsto da oferta global, especialmente pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para agosto avançou 0,74% (US$ 0,48), a US$ 65,34 por barril, enquanto o petróleo WTI para julho, negociado na Nymex, subiu 0,83% (0,52%), a US$ 63,37 por barril.
A notícia de um diálogo “excelente”, segundo o presidente dos EUA, Donald Trump, entre os líderes dos EUA e da China elevou o otimismo sobre a retomada das negociações comerciais, ampliando a expectativa de melhora das perspectivas econômicas e da demanda por petróleo, segundo analistas
“A possibilidade de recuarmos da beira de uma guerra comercial aumenta a perspectiva de uma demanda mais forte por petróleo nos dois países”, avaliou Phil Flynn, analista sênior do Price Futures Group.
Fatores geopolíticos também ajudaram a sustentar os preços, como os incêndios florestais no Canadá, que ameaçam a produção local, e a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Nesta quinta-feira (5/6), Trump disse que pretende manter uma linha dura em relação à Rússia, caso não haja avanços diplomáticos em relação à guerra na Ucrânia.
A ausência de um acordo nuclear entre EUA e Irã também mantém as sanções americanas em vigor, limitando o alívio na oferta global, segundo analistas.
“A política da Opep já não causa tanto impacto no mercado quanto antes, dado que os preços continuam subindo mesmo com as elevações de produção”, observou Scott Shelton, da TP-ICAP.
Com informações da Dow Jones Newswires