Tensões globais

Petróleo fecha em alta com tensões entre EUA-Venezuela e ceticismo para paz na Ucrânia

Investidores foram influenciados por tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Venezuela, e Rússia e Ucrânia; Brent subiu 0,23%, a US$ 59,82 o barril

Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante entrevista à imprensa após encontro com Lula, no Palácio do Planalto, em 29 de maio de 2023 (Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante visita ao Brasil, em 29 de maio de 2023 (Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O petróleo subiu nesta quinta-feira (18/12), em meio ao aumento das tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, bem como o ceticismo dos mercados em relação a um acordo de paz para encerrar a guerra da Ucrânia.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro avançou 0,23% (US$ 0,14), a US$ 59,82 o barril, enquanto o petróleo WTI para janeiro, negociado na Nymex, fechou em alta de 0,34% (US$ 0,19), a US$ 56,00 o barril.

Com as tensões afloradas na América Latina, Donald Trump voltou na quarta (17/12) a reforçar que os EUA estão obtendo direitos sobre terras e petróleo que a Venezuela tirou dos americanos ilegalmente.

“A Venezuela expulsou nossas empresas, queremos voltar”, disse o republicano.

Ainda na noite de quarta-feira, ao menos quatro pessoas morreram em um novo ataque do exército dos EUA contra barcos no Pacífico Oriental.

Se as investidas de Trump contra o petróleo venezuelano continuarem, isso “provavelmente causará a interrupção da produção na área, sem destinos para exportação”, diz Dennis Kissler, do BOK Financial, ressaltando que os preços da commodity podem estar “um pouco subvalorizados”.

No Leste Europeu, os EUA e aliados da Ucrânia elaboraram um plano de garantias de segurança que contém medidas detalhadas, robustas e sérias para assegurar que qualquer acordo de paz com a Rússia seja mantido, segundo a Bloomberg.

Aumentando a pressão sobre Moscou, o Reino Unido impôs novas sanções a mais quatro empresas petrolíferas russa nesta quinta.

Para 2026, há vários riscos que podem empurrar os preços do petróleo bruto e a produção de xisto dos EUA substancialmente para baixo, alerta o Bank of America (BofA).

Os três principais riscos são a paz na Ucrânia, um governo pró-mercado na Venezuela e uma piora nas perspectivas econômicas, afirma o banco.

Por Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires

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