Brent

Petróleo fecha em alta com restrição à Chevron na Venezuela e decisão da Opep+

Brent sobe a US$ 64,32 (+1,18%) o barril, após restrições dos EUA à Chevron na Venezuela e manutenção da produção pela Opep+

Presidente Trump durante reunião bilateral com o primeiro-ministro da Índia, em 13 de fevereiro de 2025 (Foto Oficial Casa Branca)
Presidente Trump durante reunião no Salão Oval, em 13 de fevereiro de 2025 (Foto Oficial Casa Branca)

Os contratos futuros de petróleo fecharam a quarta-feira (28/5) com forte valorização, revertendo as perdas de terça-feira, em meio a informações sobre a restrição das operações da Chevron na Venezuela.

O mercado assimilava ainda decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de manter o nível atual de produção de petróleo acordado na reunião anterior “até 31 de dezembro de 2026”.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para agosto subiu 1,18% (US$ 0,75), para US$ 64,32 o barril, enquanto o petróleo WTI para julho, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), ganhou 1,56% (US$ 0,95), fechando a US$ 61,84 o barril.

A negociação recente reflete as mudanças de expectativas em relação a oferta e demanda, afirma em nota George Pavel, da Naga.com Middle East. A decisão dos Estados Unidos de restringir a atuação da Chevron quanto à exportação de petróleo extraído da Venezuela apertou a oferta.

Já a adoção de novas sanções americanas sobre as exportações de energia da Rússia reforçaria o potencial de recuperação dos preços da commodity.

No meio da tarde, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que é preciso saber quando usar sanções. “Se um acordo for possível, não usarei”, disse. Na véspera, Trump havia afirmado que o líder russo, Vladimir Putin, está “brincando com fogo”.

A Opep+ decidiu manter o nível atual de produção de petróleo acordado na reunião anterior “até 31 de dezembro de 2026”, segundo comunicado oficial divulgado nesta quarta-feira (28), após o 39º encontro ministerial do grupo.

Os mercados também acompanham as negociações entre EUA e Irã, que podem levar a um novo acordo nuclear e a um alívio das sanções ao país. Mas um desfecho ainda parece distante.

“Apesar das manchetes citando preços deprimidos do petróleo, da confiança do mercado abalada pelas tarifas de Trump e das preocupações com a dívida dos EUA, o WTI ainda se mantém firme acima do nível psicológico de US$ 60,” afirma em nota Razan Hilal, da Forex.com. O referencial americano tem forte suporte entre US$ 55 e US$ 58 e resistência chave entre US$ 63 e US$ 65, diz Hilal.

Por Pedro Teixeira. Com informações da Dow Jones Newswires.

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