Os contratos futuros de petróleo fecharam a quarta-feira (28/5) com forte valorização, revertendo as perdas de terça-feira, em meio a informações sobre a restrição das operações da Chevron na Venezuela.
O mercado assimilava ainda decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de manter o nível atual de produção de petróleo acordado na reunião anterior “até 31 de dezembro de 2026”.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para agosto subiu 1,18% (US$ 0,75), para US$ 64,32 o barril, enquanto o petróleo WTI para julho, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), ganhou 1,56% (US$ 0,95), fechando a US$ 61,84 o barril.
A negociação recente reflete as mudanças de expectativas em relação a oferta e demanda, afirma em nota George Pavel, da Naga.com Middle East. A decisão dos Estados Unidos de restringir a atuação da Chevron quanto à exportação de petróleo extraído da Venezuela apertou a oferta.
Já a adoção de novas sanções americanas sobre as exportações de energia da Rússia reforçaria o potencial de recuperação dos preços da commodity.
No meio da tarde, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que é preciso saber quando usar sanções. “Se um acordo for possível, não usarei”, disse. Na véspera, Trump havia afirmado que o líder russo, Vladimir Putin, está “brincando com fogo”.
A Opep+ decidiu manter o nível atual de produção de petróleo acordado na reunião anterior “até 31 de dezembro de 2026”, segundo comunicado oficial divulgado nesta quarta-feira (28), após o 39º encontro ministerial do grupo.
Os mercados também acompanham as negociações entre EUA e Irã, que podem levar a um novo acordo nuclear e a um alívio das sanções ao país. Mas um desfecho ainda parece distante.
“Apesar das manchetes citando preços deprimidos do petróleo, da confiança do mercado abalada pelas tarifas de Trump e das preocupações com a dívida dos EUA, o WTI ainda se mantém firme acima do nível psicológico de US$ 60,” afirma em nota Razan Hilal, da Forex.com. O referencial americano tem forte suporte entre US$ 55 e US$ 58 e resistência chave entre US$ 63 e US$ 65, diz Hilal.
Por Pedro Teixeira. Com informações da Dow Jones Newswires.