Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (6/2), após o tombo da véspera, após a China prometer mais estímulos à economia. Todavia, o ganho era limitado pelas incertezas diante das tensões comerciais dos EUA.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para maio avançou 0,23% (US$ 0,16), a US$ 69,46 o barril, enquanto o petróleo WTI para abril, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 0,07% (US$ 0,05), a US$ 66,36 o barril.
Jogando o petróleo para cima na sessão, o presidente do Banco do Povo da China (PBoC), Pan Gongsheng, afirmou nesta quinta (6), às margens da reunião anual “Duas Sessões”, que o BC chinês cortará as taxas de juros e a taxa de compulsórios em momento apropriado, ainda neste ano. A autoridade monetária também oferecerá diversos estímulos para a economia do país.
Para o ING, o sentimento ainda é persistentemente negativo no mercado de petróleo. O aumento da oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), combinado com a constante incerteza em relação às tarifas e ao comércio dos Estados Unidos, empurrou o mercado para baixo, acrescenta o banco holandês.
Os preços da commodity caíram drasticamente desde a imposição pelos EUA de tarifas sobre as importações canadenses e mexicanas coincidindo com o aumento das cotas de produção dos principais produtores pela primeira vez desde 2022, dizem analistas do JPMorgan.
Na quarta, a ministra das Relações Exteriores canadense, Melanie Joly, disse que o país poderia potencialmente usar as exportações de petróleo e gás como alavanca nas negociações se as tarifas americanas aumentarem.
O JPM espera que o preço do Brent atinja uma média de US$ 73 por barril em 2025, antes de cair para US$ 61 por barril em 2026.
Estoques dos EUA sobem acima do esperado
Os estoques americanos de petróleo aumentaram 3,614 milhões de barris na semana passada, chegando a 433,77 milhões de barris, segundo dados do Departamento de Energia (DoE, em inglês). A alta superou a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam um aumento de apenas 200 mil barris.
Já os estoques de gasolina caíram 1,433 milhões de barris, para 246,83 milhões de barris, uma redução maior do que a projetada, de 500 mil barris. Os estoques de destilados também recuaram 1,318 milhões de barris, atingindo 119,15 milhões de barris, enquanto a expectativa era de um aumento de 500 mil barris.
A taxa de utilização das refinarias caiu de 86,5% para 85,9%, contrariando a previsão de leve alta para 86,9%. No centro de distribuição de Cushing, os estoques de petróleo subiram 1,124 milhão de barris, chegando a 25,69 milhões de barris. A produção média diária de petróleo avançou para 13,508 milhões de barris.
Com informações da Dow Jones Newswires.