Sanções contra a Rússia

Petróleo fecha em alta, com perspectivas de sanções à Rússia e a terceiros e estoques dos EUA

Brent sobe 1,10%, a US$ 72,47 o barril, com investidores reagindo à ameaça de tarifas contra Moscou e à alta inesperada nos estoques de petróleo dos EUA

Donald Trump assina a VA Home Loan Program Reform Act, na Sala Roosevelt da Casa Branca, em 30 de julho de 2025 (Foto Molly Riley/Oficial Casa Branca)
Donald Trump assina a VA Home Loan Program Reform Act, na Sala Roosevelt da Casa Branca, em 30 de julho de 2025 (Foto Molly Riley/Oficial Casa Branca)

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta (30/7) com as perspectivas de sanções à Rússia e a países que comercializem com Moscou dominando as atenções do mercado. Além disso, o dia contou com a divulgação dos estoques semanais nos Estados Unidos.

No radar, seguem ainda as negociações de acordos comerciais de Washington com parceiros, e a decisão de juros pelo Federal Reserve (Fed), que optou por uma manutenção amplamente esperada.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para outubro teve alta de 1,10% (US$ 0,79), a US$ 72,47 o barril, enquanto o petróleo WTI para setembro, negociado na Nymex, avançou 1,14% (US$ 0,79), a US$ 70 o barril.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem (29/7) que deu um prazo de 10 dias para a Rússia encerrar a guerra na Ucrânia. Segundo ele, caso não haja recuo de Moscou, “vamos colocar tarifas”.

Hoje, o senador Carlos Viana, integrante da comitiva de senadores brasileiros que está em Washington para debater as tarifas dos Estados Unidos ao Brasil, afirmou que o grupo foi alertado por congressistas americanos da aprovação de uma lei para punir quem mantiver negociações com a Rússia.

A ameaça de sanções secundárias ao petróleo bruto russo vem sustentando os preços do petróleo Brent e WTI, aponta o TD Securities.

Por sua vez, os algoritmos atingiram seu tamanho máximo de posição comprada em WTI, limitando o escopo para novas entradas, embora esse grupo ainda tenha algumas oportunidades de disparar no petróleo Brent, pontua.

“Continuamos esperando que os preços caiam após o verão no hemisfério norte, devido aos contínuos aumentos de oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), juntamente com as expectativas de um crescimento da oferta dos EUA mais resiliente do que o esperado após a guerra entre Israel e Irã”, projeta o banco.

Os estoques de petróleo nos EUA subiram 7,698 milhões de barris, a 426,691 milhões de barris na semana passada, informou o Departamento de Energia (DoE). Analistas consultados pelo The Wall Street Journal previam queda de 1,6 milhão.

Os estoques de gasolina recuaram 2,724 milhões de barris, a 228,405 milhões de barris, enquanto a projeção era de queda de 900 mil barris.

Por Matheus Andrade

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias