Brent

Petróleo fecha em alta com otimismo em torno de negociações comerciais entre EUA e China

Pelo segundo dia consecutivo, brent subiu por avanço em acordos entre países; alta durante a semana passou de 4%

Navio tanque Margara para exploração offshore de petróleo (Foto Guarda Costeira dos EUA)
Navio tanque Margara para exploração offshore de petróleo (Foto Guarda Costeira dos EUA)

Os contratos futuros de petróleo fecharam a sexta-feira (9/5) em alta, acumulando ganhos de mais de 4% em uma semana que começou com preocupações sobre o aumento da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e termina com otimismo em torno das negociações comerciais entre Estados Unidos e China, os dois maiores consumidores da commodity no mundo.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para junho subiu 1,86% (US$ 1,11), fechando a US$ 61,02 o barril.

O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,70% (US$ 1,07), para US$ 63,91 o barril.

No acumulado da semana, o WTI e o Brent registraram ganhos de 4,6% e 4,1%, respectivamente.

“Todos os olhos estarão nas negociações comerciais deste fim de semana dos EUA com a China, que devem dar mais direção ao comércio global”, afirma em nota Dennis Kissler, do BOK Financial. As conversas entre Washington e Pequim estão marcadas para começar no sábado, na Suíça.

Segundo Kissler, os planos da Indonésia de comprar mais produtos petrolíferos americanos para obter um acordo comercial e as novas sanções dos EUA contra compradores do petróleo do Irã são fatores de suporte para os preços da commodity.

No entanto, a troca de fogo entre a Índia e o Paquistão merece atenção, acrescenta o analista do BOK. “Embora o conflito atualmente pareça contido, uma escalada poderia prejudicar temporariamente a demanda de petróleo da Índia.”

Outro fator que contribuiu para a alta do petróleo durante a semana foi a notícia do acordo comercial entre EUA e Reino Unido, na quinta-feira.

“O petróleo bruto e o mercado em geral obviamente estão vendo o primeiro acordo da administração como um potencial evento de crescimento da demanda”, diz Robert Yawger, da Mizuho.

A força da gasolina, com margens de refino em alta, também dá suporte ao petróleo, afirma Yawger. “Gasolina mais forte do que o petróleo bruto é sempre um bom fundamento e sustenta a demanda das refinarias por petróleo usado como matéria-prima para a produção de derivados.”

Com informações da Dow Jones Newswires.

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias