Brent

Petróleo fecha em alta com novas sanções ao Irã e recuperação das perdas da véspera

Brent avança 1,78%, a US$ 67,44 o barril, impulsionado por sanções dos EUA e melhora no clima comercial global

Anúncio do presidente Donald Trump sobre tarifas automotivas, no Salão Oval, em 26 de março de 2025 (Foto Oficial Casa Branca)
Anúncio do presidente Donald Trump sobre tarifas automotivas, no Salão Oval, em 26 de março de 2025 (Foto Oficial Casa Branca)

Os contratos futuros de petróleo recuperaram parte das perdas de ontem (21/4) e fecharam o pregão desta terça-feira (22/4) em alta, com novas sanções dos Estados Unidos ao Irã e sinais de melhora do ambiente diante do avanço dos mercados acionários. A amenização do clima contou com comentários de representantes do governo Trump indicando progresso nas negociações de tarifas com a China.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para junho avançou 1,78% (US$ 1,18), para US$ 67,44 o barril, enquanto o petróleo WTI para o mesmo mês, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), subiu 2,02% (US$ 1,26), fechando a US$ 63,67 o barril.

Nesta terça (22), os EUA determinaram novas sanções contra o petróleo iraniano, desta vez visando o magnata do setor Seyed Asadoollah Emamjomeh. O objetivo é cortar fontes de financiamento dos programas nucleares e de armas avançadas do Irã.

Apesar da recuperação de hoje, as perspectivas para os preços do petróleo continuam negativas, pois o progresso nas negociações entre Washington e Teerã, no fim de semana, aumentou a possibilidade de um acordo que possa trazer as exportações iranianas de volta ao mercado.

“As flutuações diárias nos preços do Brent têm estado bastante alinhadas com as variações nos preços das ações, que por sua vez são impulsionadas, acima de tudo, por percepções variáveis sobre como a guerra comercial dos EUA com o resto do mundo vai evoluir e quais serão suas consequências,” diz Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities do SEB.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, afirmou em uma cúpula de investidores a portas fechadas que o impasse tarifário com a China é insustentável e que ele espera uma redução das tensões, segundo a Bloomberg.

Segundo observadores do mercado, a curva futura do Brent indica um mercado spot apertado no momento, mas também aponta para um excesso de oferta nos próximos meses.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta uma queda de 7,9% nos preços das commodities energéticas em 2025, com redução de 15,5% nos preços do petróleo.

Por Pedro Teixeira. Com informações do Estadão Conteúdo.

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