Tensões globais

Petróleo fecha em alta com narrativas conflitantes para paz na Ucrânia e Opep no radar

Investidores foram influenciados por narrativas da Rússia e EUA para conflito na Ucrânia; Brent subiu 1,25%, a US$ 62,72 o barril

HSBC promete restringir capital para petróleo, não para transição. Na imagem: Cavalo-de-pau, bomba mecânica para extração onshore de petróleo (Foto: Pixabay)
Com a crise energética imposta pela guerra na Ucrânia, o HSBC continuará a financiar a produção existente, para garantir a oferta de óleo e gás (Foto: Pixabay)

O petróleo subiu nesta segunda-feira (24/11), com investidores digerindo as narrativas da Rússia e Estados Unidos para o conflito na Ucrânia, bem como as expectativas para a reunião da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) no fim da semana.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro avançou 1,25% (US$ 0,78), a US$ 62,72, enquanto o petróleo WTI para janeiro, negociado na Nymex, fechou em alta de 1,34% (US$ 0,78), a US$ 58,84 o barril.

Mais cedo, a commodity apresentou baixa, com o presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizando possível progresso nas negociações entre Rússia e Ucrânia.

O petróleo, contudo, voltou a subir após o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmar que Moscou ainda não recebeu informações oficiais das negociações em Genebra sobre um plano para a paz no Leste Europeu.

A principal porta-voz da Comissão Europeia, Paula Pinho, enfatizou nesta segunda que ainda há “muito trabalho” a ser feito antes de um acordo final, embora as conversas recentes tenham “produzido progresso construtivo”.

Para o Deutsche Bank, o desdobramento geopolítico mais significativo no conflito talvez seja a resposta da Ucrânia ao “ultimato”, embora os EUA pareçam ter indicado durante o fim de semana que há alguma margem para negociação.

Desenvolvimentos relacionados a um potencial acordo de paz são importantes para o mercado de petróleo, especialmente em meio à significativa incerteza sobre o impacto das sanções recentemente impostas às petrolíferas russas Rosneft e Lukoil, dizem os analistas do ING.

A ANZ relembra que ainda há preocupações com o aumento da oferta no mercado pela Opep e que, independentemente de um acordo ser alcançado ou não na Ucrânia, há dúvidas crescentes sobre a eficácia das sanções norte-americanas.

Por Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires

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