Tensões globais

Petróleo fecha em alta com manutenção de oferta da Opep+ e de olho em tensões geopolíticas

Investidores foram influenciados por manutenção da produção pela Opep+ no 1º trimestre de 2026; Brent subiu 1,26%, a US$ 63,17 o barril

Logo da Opep na fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)
Fachada do edifício sede da organização, em Viena, na Áustria (Foto Divulgação)

O petróleo subiu mais de 1% nesta segunda-feira (1°/12), após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) confirmar planos para manter a produção no primeiro trimestre de 2026.

Investidores também monitoram os desdobramentos para um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, bem como a suspensão de distribuição em um oleoduto no Casaquistão.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro avançou 1,26% (US$ 0,79), a US$ 63,17 o barril, enquanto o petróleo WTI para janeiro, negociado na Nymex, fechou em alta de 1,31% (US$ 0,77), a US$ 59,32 o barril.

Os oito países que integram a Opep+ concordaram no domingo em manter os níveis de produção de óleo atuais no primeiro trimestre de 2026 “devido à sazonalidade”, confirmando relatos que circulavam na mídia internacional e apoiando preços do petróleo.

Investidores aguardam ainda o encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, em Moscou na terça-feira (2/12).

Nesta segunda (1º/12), o presidente ucraniano Volodmir Zelenski se reuniu seu homólogo da França, Emmanuel Macron, em uma série de encontros diplomáticos visando negociar os termos de um possível cessar-fogo na guerra.

Apesar disso, o conflito continua e, no fim de semana, um ataque na costa russa do Mar Negro suspendeu operações em um importante oleoduto ligado a campos do Casaquistão.

Em paralelo, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o espaço aéreo ao redor da Venezuela deve ser considerado fechado. Qualquer nova escalada entre os dois países colocaria em risco cerca de 800 mil barris por dia de exportações de petróleo bruto, afirma o ING.

No radar corporativo, a francesa TotalEnergies assinou um acordo para vender participação de 40% em licenças de exploração na Nigéria para a Star Deep Water Petroleum Limited, uma empresa subsidiária da Chevron.

Por Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias