Brent

Petróleo fecha em alta com incertezas sobre fim da guerra da Ucrânia e sanções no radar

Brent sobe 1%, +0,31% na semana, a US$ 70,58, impulsionado por incertezas sobre guerra na Ucrânia e sanções contra a Rússia

Volodymyr Zelensk conversa com príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, em Jeddah, durante negociações de paz com a Rússia, em 11/3/2025 (Foto Presidência da Ucrânia)
Volodymyr Zelensk e príncipe herdeiro da Arábia Saudita durante visita oficial do presidente da Ucrânia para negociações de paz com a Rússia (Foto Presidência da Ucrânia)

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira (14/3), em meio às pressões de países ocidentais para que a Rússia aceite o cessar-fogo de 30 dias com a Ucrânia e dúvidas sobre a possibilidade de que a guerra acabe rapidamente.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para maio avançou 1% (US$ 0,70), a US$ 70,58 o barril, enquanto o petróleo WTI para abril, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 0,94% (US$ 0,63), a US$ 67,18 o barril. Na semana, o Brent e o WTI subiram 0,31% e 0,2% respectivamente.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um apelo à comunidade internacional, especialmente aos EUA, para pressionar a Rússia e forçar o fim da guerra. “Vladimir Putin não terminará a guerra por conta própria, mas o poder dos EUA é suficiente para forçá-lo a fazer isso”, afirmou ele.

O presidente da França, Emmanuel Macron, também pediu nesta sexta que o Kremlin aceite o acordo.

De forma semelhante, o G7 destacou a importância de um cessar-fogo imediato e alertou que, caso a Rússia não concorde com um acordo nesses termos, novas sanções poderão ser impostas, incluindo “limites aos preços do petróleo”.

Um fator importante para a próxima semana será se a proposta dos EUA poderá ser concretizada, afirma o Commerzbank, acrescentando que, se não for encontrada uma solução, as sanções contra Moscou poderão ser reforçadas globalmente. Na outra ponta, um acordo de paz “provavelmente permitiria que a Rússia exportasse petróleo e gás natural sem penalizações”, diz Robert Yawger, da Mizuho.

No radar, Putin e o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, reafirmaram o compromisso de seus países com os acordos estabelecidos no âmbito da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+), segundo comunicado divulgado pelo Kremlin.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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