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Petróleo fecha em alta com fragilização de cessar-fogo em Gaza e sinais de aperto na oferta

WTI e Brent sobem com ameaças de retomada de conflitos em Gaza, sanções a Irã e Rússia e redução da produção russa abaixo da cota da Opep+

Petróleo fecha em alta com fragilização de cessar-fogo em Gaza e sinais de aperto na oferta

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (11/2), com sinais de fragilização do cessar-fogo em Gaza, risco de aperto na oferta de Rússia e Irã e repercussão das tarifas dos EUA a importações de aço e alumínio.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para abril avançou 1,49% (US$ 1,13), a US$ 77 o barril, enquanto o petróleo WTI para março, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 1,38% (US$ 1), a US$ 73,32 o barril.

Nesta terça, o presidente dos EUA, Donald Trump, alertou que, “se o Hamas não soltar os reféns até sábado, tudo pode acontecer”, sem fornecer mais detalhes.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também ameaçou retomar os combates na Faixa de Gaza, a menos que seus reféns sejam libertados, o que impulsionou os ganhos da commodity.

Além da guerra no Oriente Médio, a recuperação dos preços do petróleo é influenciada pelas novas sanções dos EUA sobre as exportações de petróleo do Irã, conforme destacou o Swissquote Bank.

Analistas da ANZ Research também apontam que a produção russa de petróleo ficou abaixo de sua cota na Opep+ em janeiro. Para a Pepperstone, “o foco na redução das taxas de produção na Rússia ajudaram o petróleo a romper a tendência de queda”.

O analista Alex Hodes, da StoneX, observa que os mercados ainda estão avaliando as interrupções no fornecimento que podem ocorrer devido às sanções iranianas e russas, com a possibilidade de o WTI se estabilizar abaixo de US$ 70 por barril em breve.

A Rússia, no entanto, afirmou que continuará fornecendo petróleo aos mercados globais, apesar da pressão das sanções.

EUA mantêm previsão de queda para Brent em 2025 e 2026

Perto do fechamento do mercado, o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês) manteve suas projeções de queda no preço médio do barril para os próximos anos. Em relatório divulgado nesta terça-feira (11), o órgão estima que o Brent feche 2025 a US$ 74 o barril e caia para 66 dólares em 2026. Já o WTI deve recuar de US$ 70 dólares para US$ 62 no mesmo período.

A produção global de combustíveis líquidos deve crescer 1,9 milhão de barris por dia (b/d) em 2025, impulsionada por países fora da Opep+ e pelo relaxamento dos cortes de produção do grupo. Para 2026, o aumento será de 1,6 milhão de b/d. O DoE também destacou que as sanções à Rússia, anunciadas em janeiro, não devem impactar significativamente a produção global.

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