Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (24/7), após três dias seguidos de queda, enquanto investidores aguardam uma possível decisão das negociações entre a União Europeia (UE).
O mercado digeriu ainda informações da mídia internacional de que o governo americano deve permitir que a Chevron recupere sua capacidade de extrair petróleo na Venezuela.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para outubro teve alta de 0,78% (US$ 0,53), a US$ 68,36 o barril, enquanto o petróleo WTI para setembro, negociado na Nymex, avançou 1,19% (US$ 0,78), a US$ 66,03 o barril.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que tanto a UE como a Coreia do Sul estão sob forte pressão para firmar novos acordos com o país antes do prazo de 1º de agosto, após o pacto firmado com o Japão.
Contudo, ele explicou que o presidente americano, Donald Trump, alertou os europeus de que, sem um entendimento, a alíquota para o bloco será de 30%.
O governo americano irá permitir que a Chevron recupere sua capacidade de extrair petróleo na Venezuela, segundo o The Wall Street Journal.
Os detalhes do acordo ainda não estão claros, mas seguem discussões recentes envolvendo o presidente dos EUA e o secretário de Estado, Marco Rubio, e ocorrem em meio à troca de prisioneiros da semana passada que libertou todos os 10 americanos restantes que estavam detidos pelo governo venezuelano.
Embora distante das máximas alcançadas no auge do conflito entre Israel e Irã, o petróleo WTI continua a ser negociado acima de US$ 65 o barril, em meio a preocupações de que a guerra no Oriente Médio volte a escalar e possibilidade de sanções muito rigorosas à Rússia, o que, em conjunto, poderia reduzir drasticamente a oferta, aponta a TD Securities.
A esperança de um acordo comercial abrangente entre a administração Trump e os principais parceiros comerciais, além da forte demanda sazonal, está mantendo os preços globais da commodity relativamente elevados, acrescenta o banco canadense.
Por Thais Porsch. Com informações da Dow Jones Newswires.