Pressão internacional

Petróleo fecha em alta com expectativa por acordo comercial entre EUA e UE

Brent sube 0,78%, a US$ 68,36, impulsionado por sinais de acordo entre UE e EUA e possível retomada das operações da Chevron na Venezuela

Donald Trump discursa durante jantar com senadores republicanos, na Sala de Jantar de Estado da Casa Branca, em 18 de julho de 2025 (Foto Daniel Torok/Oficial Casa Branca)
Donald Trump discursa durante jantar com senadores republicanos, em 18 de julho de 2025 (Foto Daniel Torok/Oficial Casa Branca)

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (24/7), após três dias seguidos de queda, enquanto investidores aguardam uma possível decisão das negociações entre a União Europeia (UE).

O mercado digeriu ainda informações da mídia internacional de que o governo americano deve permitir que a Chevron recupere sua capacidade de extrair petróleo na Venezuela.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para outubro teve alta de 0,78% (US$ 0,53), a US$ 68,36 o barril, enquanto o petróleo WTI para setembro, negociado na Nymex, avançou 1,19% (US$ 0,78), a US$ 66,03 o barril.

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que tanto a UE como a Coreia do Sul estão sob forte pressão para firmar novos acordos com o país antes do prazo de 1º de agosto, após o pacto firmado com o Japão.

Contudo, ele explicou que o presidente americano, Donald Trump, alertou os europeus de que, sem um entendimento, a alíquota para o bloco será de 30%.

O governo americano irá permitir que a Chevron recupere sua capacidade de extrair petróleo na Venezuela, segundo o The Wall Street Journal.

Os detalhes do acordo ainda não estão claros, mas seguem discussões recentes envolvendo o presidente dos EUA e o secretário de Estado, Marco Rubio, e ocorrem em meio à troca de prisioneiros da semana passada que libertou todos os 10 americanos restantes que estavam detidos pelo governo venezuelano.

Embora distante das máximas alcançadas no auge do conflito entre Israel e Irã, o petróleo WTI continua a ser negociado acima de US$ 65 o barril, em meio a preocupações de que a guerra no Oriente Médio volte a escalar e possibilidade de sanções muito rigorosas à Rússia, o que, em conjunto, poderia reduzir drasticamente a oferta, aponta a TD Securities.

A esperança de um acordo comercial abrangente entre a administração Trump e os principais parceiros comerciais, além da forte demanda sazonal, está mantendo os preços globais da commodity relativamente elevados, acrescenta o banco canadense.

Por Thais Porsch. Com informações da Dow Jones Newswires.

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