O petróleo subiu nesta quarta-feira (3/12), em alta com a persistência de tensões globais com a aparente falta de avanço nas negociações para encerrar a guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Também no radar, o aumento nos estoques de petróleo dos Estados Unidos.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro subiu 0,35% (US$ 0,22), a US$ 62,67 o barril, enquanto o petróleo WTI para janeiro, negociado na Nymex, teve avanço de 0,52% (US$ 0,31), a US$ 58,95 o barril.
Mantendo o sinal positivo durante a maior parte do dia, a commodity chegou a perder ímpeto após a publicação dos dados de emprego do setor privado dos EUA, mas recuperaram o ritmo desde então, em meio a continuidade das tensões geopolíticas.
O acordo de paz entre russos e ucranianos ainda aparenta estar em sua fase inicial, sem grandes avanços”, pontua o Goldman Sachs.
Na primeira reunião entre o Kremlin e Washington, o assessor de política externa do presidente russo, Yuri Ushakov, afirmou que Vladimir Putin “aceitou algumas propostas americanas”, mas disse que outras são “inaceitáveis”.
“Os mercados de petróleo e os mercados de previsão não parecem precificar uma alta probabilidade de um acordo de paz em curto prazo e a remoção das sanções ao petróleo russo”, continua o Goldman Sachs.
Para analistas da XMArabia, a geopolítica ajuda a manter os preços da commodity elevados, “enquanto as preocupações com a demanda e a incerteza macroeconômica impedem uma alta sustentada”. Com isso, os preços do petróleo devem permanecer em leve tendência de alta, caso as condições atuais persistam.
Contudo, os ganhos da sessão foram limitados pelo avanço de 600 mil barris nos estoques de petróleo dos EUA, quando a expectativa era de uma queda de quase 2 milhões de barris.
Por Letícia Araújo, com informações da Dow Jones Newswires
