Brent

Petróleo fecha em alta com agravamento de tensões geopolíticas

Brent avança 3,19%, a US$ 62,15 o barril, pressionado por demanda chinesa e agravamento de tensões geopolíticas

Preço do petróleo sobe após novo corte da OPEP+ mirando US$ 80. Na imagem: Dutos para transporte de combustíveis em instalações da Saudi Aramco, na Arábia Saudita (Foto: Divulgação)
Dutos para transporte de combustíveis em instalações da Saudi Aramco, na Arábia Saudita (Foto: Divulgação)

Os contratos futuros do petróleo dispararam nesta terça-feira (6/5), recuperando as perdas das últimas duas sessões. Além da realização de lucros em posições vendidas e recompras, a forte valorização foi impulsionada pelo retorno dos compradores chineses ao mercado após o feriado de segunda-feira.

Também influenciou o agravamento das tensões no Oriente Médio e no Leste europeu, depois que a Rússia interceptou drones ucranianos em seu território e Israel lançou ataques retaliatórios contra rebeldes houthis no Iêmen.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para julho avançou 3,19% (US$ 1,92), para US$ 62,15 o barril enquanto o petróleo WTI para junho, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), subiu 3,43% (US$ 1,96), fechando a US$ 59,09 o barril.

De acordo com o Oil Price Information Service (Opis), há poucas notícias que justificam a disparada dos preços do petróleo na sessão desta terça. No entanto, o movimento parece ser uma reação técnica à forte queda registrada na segunda-feira, quando os contratos futuros atingiram seu menor nível em mais de quatro anos.

A notícia do aumento de produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) atraiu muitos vendedores e provavelmente novos vendedores a descoberto, uma vez que as opções em aberto no WTI subiram na segunda-feira, afirma o Opis.

Além disso, indícios de uma possível desaceleração na produção de petróleo de xisto nos EUA ajudaram a aliviar as preocupações com o excesso de oferta. A Diamondback Energy, importante produtora na região da Bacia do Permiano, reduziu sua previsão de produção e alertou para uma queda nas atividades de perfuração em terra.

Outro operador importante de xisto também anunciou cortes, indicando que os preços baixos estão começando a afetar a produção.

Nesta terça-feira, o Departamento de Energia (DoE, em inglês) informou que o aumento dos estoques de petróleo deve resultar em um preço médio do Brent de US$ 62 o barril no segundo semestre deste ano e de US$ 59 o barril no ano que vem. No relatório de abril, o DoE previa um Brent de US$ 68 o barril em 2025 e de US$ 61 em 2026.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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