O petróleo operou em queda desde o início do dia e fechou a sexta-feira (21/2), com sinal negativo ampliado pela piora no sentimento de risco, após relatos de que um novo coronavírus com potencial pandêmico foi descoberto na China, segundo veículos da mídia local. Investidores também digerem dados dos EUA e comentários do presidente Donald Trump sobre a Ucrânia e taxações.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para abril recuou 2,68% (US$ 2,05), a US$ 74,43 o barril, enquanto o petróleo WTI para o mesmo mês, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 2,87% (US$ 2,08), a US$ 70,40 o barril.
A perspectiva para os preços da commodity não é boa. A tendência de aumento da oferta mundial em 2025, especialmente com a retomada gradual do padrão das exportações da Rússia no segundo trimestre, e o menor ritmo da demanda global graças às tarifas adotadas pelos EUA, podem levar o preço do barril do Brent a cair ao longo de 2025.
As estimativas rondam US$ 70 no quarto trimestre, segundo especialistas internacionais. Ao fazer esta avaliação eles consideram que não ocorrerão mudanças drásticas nos conflitos na Ucrânia e em Gaza neste ano.
Por outro lado, o governo dos EUA está aumentando a pressão sobre o Iraque para permitir que as exportações de petróleo curdo sejam retomadas ou, do contrário, o país do Oriente Médio enfrentará sanções assim como o Irã, disseram oito fontes à Reuters.
Em entrevista à Fox News Radio, o presidente Donald Trump disse que não considera importante que o presidente Volodymyr Zelensky participe das reuniões de negociações pela paz na Ucrânia.
O líder norte-americano disse que acredita ser capaz de convencer o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a encerrar a guerra na Ucrânia e que há disposição para negociar por parte dos russos.
Alta dos estoques
Os estoques americanos de petróleo tiveram alta de 4,63 milhões de barris, a 432,49 milhões de barris na semana passada, segundo o DoE (na sigla em inglês), ante previsão de alta de 2,4 milhões de barris feita por analistas consultados pelo The Wall Street Journal.
Os estoques de gasolina tiveram baixa de 151 mil barris, a 247 90 milhões de barris, enquanto a projeção era de estabilidade. Já os de destilados recuaram 2,05 milhões de barris, a 116,56 milhões de barris, ante expectativa de queda menor, de 1,7 milhão de barris.
Os estoques de petróleo no centro de distribuição de Cushing tiveram alta de 1,47 milhão de barris, a 23,29 milhões de barris. E a produção média diária de petróleo subiu a 13,497 milhões de barris na semana.
Com informações da Dow Jones Newswires.