Guerra tarifária

Petróleo estende perdas recentes e fecha em queda com incerteza sobre tarifas

Brent cai 0,89%, a US$ 68,59, em sessão marcada por incertezas sobre tarifas dos EUA, estoques em alta e risco de desaceleração na demanda

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante reunião bilateral com chanceler alemão, Friedrich Merz, no Salão Oval (Foto Emily J. Higgins/Casa Branca)
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante reunião bilateral, no Salão Oval (Foto Emily J. Higgins/Casa Branca)

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (22/7), estendendo as perdas das duas sessões anteriores, em meio às incertezas relacionadas às tarifas do presidente norte-americano, Donald Trump, o que pesa sobre a demanda.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para setembro cedeu 0,89% (US$ 0,62), a US$ 68,59 o barril, enquanto o petróleo WTI para o mesmo mês, negociado na Nymex, recuou 0,97% (US$ 0,64), a US$ 65,31 o barril.

Trump afirmou hoje que os EUA fecharam um acordo comercial com as Filipinas, com o país asiático sendo tarifado em 19%. Já o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, confirmou que sediará as negociações contínuas entre Washington e Pequim no início da próxima semana.

Na União Europeia, todavia, o governo francês quer que Bruxelas aumente a pressão sobre os EUA, à medida que as negociações se aproximam do fim sem que haja um acordo à vista.

A Ritterbusch vê os estoques de petróleo aumentando “consideravelmente”, à medida que os avanços de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) se tornam mais visíveis em um momento em que as tarifas americanas terão um impacto maior — mesmo que sejam atenuadas ou adiadas por Trump.

Os preços da commodity podem permanecer voláteis devido às crescentes preocupações em relação à demanda global, dada a escalada das tensões comerciais, instigando temores de uma desaceleração econômica e reduzindo as perspectivas de consumo de combustível, acrescenta Wael Makarem, da Exness.

Uma pausa nos aumentos de produção da Opep+ no final deste ano poderia limitar mais risco de queda, acrescenta ele.

Por Thais Porsch. Com informações da Dow Jones Newswires.

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