BELO HORIZONTE — A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, indicou em reunião com a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, na sexta (22/8) que a estatal vai perfurar o terceiro poço exploratório em águas profundas na Bacia Potiguar.
A perfuração vai ocorrer no prospecto batizado de Mãe Ouro, localizado a cerca de 52 km da costa do Rio Grande do Norte e a mais de 2 mil metros de profundidade.
A petroleira aguarda aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para movimentar a sonda até o campo. A previsão é que a unidade chegue à região em janeiro.
De acordo com a estatal, os levantamentos sísmicos apontam potencial de descoberta de petróleo. Se isso se confirmar, pode viabilizar a produção por meio da formação de um cluster offshore.
A região faz parte da Margem Equatorial, principal aposta da Petrobras no momento para a expansão da fronteira exploratória no país.
A companhia iniciou a campanha exploratória na região em janeiro de 2024 com a perfuração do poço Pitu Oeste, no bloco BM-POT-17, onde identificou presença de hidrocarboneto, mas considerou que os dados ainda eram inconclusivos quanto à viabilidade econômica.
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Depois, também perfurou o poço Anhangá, no bloco POT-M-762, próximo à fronteira entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, onde foi encontrada acumulação de petróleo.
Os projetos estão em fase de análise de viabilidade técnico-comercial e fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.
“Estamos muito felizes com essa notícia de novos investimentos da Petrobras na Bacia Potiguar”, disse a governadora do estado, Fátima Bezerra (PT).
“A perfuração desse terceiro poço sinaliza o compromisso da companhia em desenvolver a exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial, trazendo grande potencial de desenvolvimento econômico para o Rio Grande do Norte, com geração de emprego e renda para o nosso povo”, completou.
Ao todo, o Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras prevê a perfuração de 15 poços na Margem Equatorial. No momento, a estatal aguarda a licença do Ibama para uma perfuração na Bacia da Foz do Amazonas.
