Petróleo e Gás

Petrobras não recebeu propostas pela Braskem, diz diretor

Há interesse da Adnoc, dos Emirados Árabes, em comprar petroquímica brasileira controlada pela Novonor

Braskem contrata US$ 100 milhões em linha de crédito atrelada a meta de sustentabilidade. Na imagem: Grande tanque de armazenamento de bioetanol (etanol 2G) na área industrial da planta de renováveis e produção de plástico verde da Braskem em Triunfo, no RS (Foto: Julio Bittencourt/Divulgação)
Nos próximos cinco anos, a Braskem pretende ampliar seu portfólio de produtos certificados com o selo I’m green (Foto: Julio Bittencourt)

RIO – A Petrobras ainda não recebeu proposta para a venda da participação que detém na petroquímica Braskem, segundo o diretor financeiro da estatal, Sérgio Leite.

A estatal tem uma participação minoritária na petroquímica, em parceria com a Novonor.

O executivo ressaltou nesta sexta (12/5) que a proposta de compra para a Novonor ainda é não vinculante.

Segundo informações divulgadas na imprensa, a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc) e a Apollo manifestaram interesse na compra de 100% da Braskem.

Petrobras nega troca de ações de refinaria por Braskem

Petrobras negou nesta terça (9/5) a existência de uma negociação envolvendo troca de ações da refinaria de Mataripe, da Acelen, e da Braskem, petroquímica que recebeu uma proposta de compra da estatal Emirados Árabes, Adnoc.

“Não são verídicas as informações que a companhia [Petrobras] está discutindo parceria com o fundo Mubadala para trocar as ações da refinaria de Mataripe, na Bahia, por ações da Braskem”, informa em comunicado ao mercado.

A Acelen é uma empresa do fundo soberano dos Emirados Árabes, Mubadala.

A Braskem confirmou oficialmente apenas que recebeu uma proposta não vinculante. Segundo diferentes veículos, há interesse de um consórcio formado pela Adnoc e a gestora Apollo (EUA) em comprar 100% da petroquímica brasileira.

A Braskem é controlada pela Novonor, com 47% das ações, em sociedade com a Petrobras (36%). O interesse da Adnoc está na expansão das atividades para as Américas, segundo o Valor Econômico.

Petrobras não participa de negociações

A Petrobras nega, assim, que haja uma negociação paralela com Abu Dhabi envolvendo Braskem e a refinaria da Bahia, vendida aos árabes no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o comunicado, a Petrobras “não está conduzindo nenhuma estruturação de operação de venda no mercado privado e que não participa das negociações mencionadas nas matérias divulgadas na mídia”.

“A Petrobras esclarece que todas as ações relacionadas à sua participação na Braskem exigem análise cuidadosa sob a perspectiva de gestão de portfólio e devem ser conduzidas com observância das práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”.

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