Produção de petróleo

Petrobras bate recorde de injeção de CO2 pra aumento da produção de óleo

Diretor da Petrobras Maurício Tolmasquim em entrevista exclusiva ao estúdio eixos durante a CERAWeek 2025 da S&P Global,, em 11/3/2025 (Foto eixos)
O estúdio eixos recebe o diretor de Transição Energética da Petrobras Maurício Tolmasquim, na CERAWeek 2025, em Houston (Foto eixos)

A Petrobras reinjetou 14,2 milhões de toneladas de CO2 nos campos do pré-sal da Bacia de Santos em 2024, volume 9% superior aos 13 milhões de toneladas do ano anterior.

O programa é o maior do mundo em operação ativa, representando 28% da capacidade global de armazenamento de carbono (51 milhões de tCO2) no ano passado, de acordo com o último relatório do Global CCS Institute, afirmou a companhia em nota nesta quinta-feira (27/3).

A técnica, conhecida como CCUS (sigla em inglês para Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono), é aplicada em 22 plataformas de produção (FPSOs) na região, segundo a petroleira. Desde 2008, a empresa afirma já ter injetado 67,9 milhões de toneladas.

Como funciona a recuperação secundária de óleo

A Petrobras reinjeta CO2, além de água e gás natural nos campos para elevar a recuperação de petróleo. Nessas operações, sobretudo no pré-sal, a companhia injeta CO2, água e gás natural nos reservatórios para controlar a pressão subterrânea — método conhecido como recuperação secundária de óleo. Esse processo mantém a capacidade de fluxo do óleo através das rochas, permitindo extrair volumes maiores do que seria possível apenas com a pressão natural da formação. O CO2, em particular, se mistura ao petróleo, reduzindo sua viscosidade e facilitando sua movimentação para os poços de produção.

“A estratégia, que associa o CCUS à recuperação avançada de petróleo […], foi crucial para a Petrobras viabilizar a produção de petróleo com menor emissão por barril produzido (a média do mundo é 70% superior à média do pré-sal atual)”, afirmou Renata Baruzzi, diretora de Engenharia da Petrobras, em nota.

A companhia projeta atingir 80 milhões de toneladas acumuladas até o final de 2025, com a entrada de novas unidades. “Com a entrada em operação de novas unidades de produção, a perspectiva é de atingir a marca, em volume acumulado, de 80 milhões de toneladas de CO2 reinjetadas até o final de 2025”, avalia Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética da estatal.

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