Conselho de Administração da Petrobras, aprovou hoje (22/2) a venda da totalidade de sua participação (100%) no Polo Norte Capixaba para a Seacrest, por US$ 544 milhões.
Ao todo, são 4 campos de produção terrestres, com instalações integradas, localizados no Espírito Santo.
Do total, US$ 35,85 milhões serão pagos na data de assinatura do contrato; US$ 442,15 milhões no fechamento da transação; e até US$ 66 milhões em pagamentos contingentes previstos em contratos, a depender das cotações futuras do Brent.
Os valores não consideram os ajustes devidos até o fechamento da transação, sujeito ao cumprimento de certas condições precedentes, como a aprovação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), informou a Petrobras.
A assinatura do contrato de compra e venda e as etapas subsequentes serão divulgadas ao mercado oportunamente, disse a empresa.
Em dezembro, a Petrobras também anunciou a venda de 27 campos terrestres no Espírito Santo para a Karavan SPE Cricaré, parceria entre a Karavan O&G Participações e Consultoria (51%) e a Seacrest Capital Group Limited (49%). Negociação envolve um total de US$ 156 milhões.
Polo Norte Capixaba
O Polo Norte Capixaba compreende quatros campos terrestres: Cancã (próximo a Linhares), Fazenda Alegre (em Jaguaré), Fazenda São Rafael (Linhares) e Fazenda Santa Luzia (a 166 km de Vitória).
O Terminal Norte Capixaba e todas as instalações de produção das quatro concessões também compõem o polo, além da titularidade de alguns terrenos.
A produção média do Polo Norte Capixaba em 2021 foi em torno de 6,5 mil bpd e 52,2 mil m³/dia de gás natural. Em 2021, possuía 269 poços em operação, três estações de tratamento de óleo e 73,81km de gasodutos e oleodutos.
Os contratos de de Fazenda Alegre, Cancã e Cancã Leste já foram renovados e possuem prazo até 2052, 2034 e 2045, respectivamente.
“O modelo de negócios proposto considera a sinergia atual entre as concessões listadas, a fim de otimizar o compartilhamento das instalações de produção e tratamento, o que justifica sua formatação em um único polo”, disse a Petrobras no lançamento da venda, em 2021.
Venda de campos terrestres
Em 2021, a venda de 17 ativos e a conclusão de 14 processos de desinvestimento trouxe cerca de US$ 4,8 bilhões para o caixa da Petrobras, até 7 de dezembro, informou a companhia.
No fim do ano passado, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a aquisição do Polo Carmópolis, em Sergipe, pela Carmo Energy. O negócio foi fechado em US$ 1,1 bilhão.
E no final de janeiro deste ano, foi aprovada a venda de 100% de participação no Polo Potiguar, conjunto de 22 campos de produção terrestres e de águas rasas na Bacia Potiguar, Rio Grande do Norte, para a 3R Petroleum.
Desinvestimentos em 2021
- A conclusão da venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, por US$ 1,8 bilhão (cerca de R$ 10 bilhões), para o fundo Mubadala;
- A venda da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas, para o Grupo Atem, por US$ 189,5 milhões;
- E da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, para a F&M Resources, subsidiária integral da Forbes & Manhattan, por US$ 33 milhões.
Entre os ativos de Exploração e Produção (E&P), alguns dos movimentos em 2021 foram:
- As conclusões da venda de campos em terra e águas rasas, como: os polos Miranga e Rio Ventura, na Bahia, e Rabo Branco e Do-Re-Mi, em Sergipe.
- O avanço no desinvestimento nos campos de Albacora e Albacora Leste (em fase vinculante), para a PetroRio em consórcio com a Cobra, por cerca de US$ 4 bilhões, e no campo de Papa-Terra (com contrato de venda assinado), para 3R Petroleum, por US$ 105 milhões. Ambos ficam no Rio de Janeiro.