A Transpetro contratou o consórcio formado pelos estaleiros Ecovix, de Rio Grande (RS), e Mac Laren, de Niterói (RJ), para a aquisição de quatro navios da classe handy. O valor negociado foi de US$ 69,5 milhões por embarcação.
Os navios terão de 15 a 18 mil toneladas de porte bruto e poderão operar com bunker ou biocombustíveis. Também vão contar com soluções de eficiência energética. De acordo com a empresa, a estimativa é de uma redução de 30% nas emissões em relação aos atuais navios da frota.
A assinatura do contrato está prevista para o início de 2025.
O conselho diretor do Fundo da Marinha Mercante (FMM) aprovou a priorização de créditos para as embarcações, no valor de R$ 1,6 bilhão.
A contratação foi anunciada em julho de 2024 como parte do programa de ampliação e renovação da frota. Batizada de TP 25, a iniciativa marca a retomada da contratação própria de navios pela subsidiária da Petrobras. Dos 25 navios previstos, 16 estão no plano de negócios 2025-2029 da estatal.
Segundo o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, o programa vai ampliar em pelo menos 25% a capacidade logística da companhia.
“Além disso, as futuras licitações previstas no TP 25 vão garantir uma demanda perene, que irá incentivar a retomada da indústria naval no país. Essa é uma determinação do governo e estamos cumprindo de maneira efetiva e atendendo todos os interesses de negócio do sistema Petrobras”, disse Bacci em nota.
A segunda licitação do programa tem lançamento previsto para janeiro de 2025 e vai contemplar oito navios gaseiros dos tipos pressurizados e semi-refrigerados, com capacidade de 7 mil toneladas a 14 mil toneladas de porte bruto.
De acordo com a companhia, a concorrência será pública e internacional.
A Transpetro prevê divulgar em junho de 2025 outro processo licitatório para a aquisição de quatro embarcações de médio porte (MR1).
“Esse programa da Transpetro é essencial para o sistema Petrobras e um grande reforço para a nossa capacidade logística, garantindo o aumento do transporte de derivados na costa brasileira e reduzindo nossa exposição às oscilações dos custos de afretamento, principalmente desse tipo de unidade, que têm baixa liquidez no mercado”, afirmou em nota a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.