Offshore

Shell confirma que vai reavaliar projeto de Gato do Mato

Aumento significativo de custos afeta decisão de investimento em ativo na Bacia de Santos

Shell confirma que vai reavaliar projeto de Gato do Mato. Na imagem: FPSO Espírito Santo, no Parque das Conchas, operado pela Shell na Bacia de Campos (Foto: Roberto Rosa/Shell)
FPSO Espírito Santo, no Parque das Conchas, operado pela Shell na Bacia de Campos (Foto: Roberto Rosa/Shell)

A Shell Brasil confirmou nesta segunda (21/11) a decisão de reavaliar o projeto de desenvolvimento da produção de Gato do Mato, descoberta nos blocos exploratórios BM-S-54 e Sul de Gato do Mato, na Bacia de Santos.

A empresa entende que aumentos significativos de custos ao longo do ano passado, aliados a uma contínua incerteza afetam o andamento do projeto. A visão atual é da necessidade de tempo adicional para reavaliar o escopo, desenvolvimento e estratégia de contratação para o campo.

A primeira estratégia montada pela Shell previa a produção do projeto no final do próximo ano.

A decisão foi informada pela BW Offshore mais cedo e foi confirmada pela Shell a partir de nota à imprensa. A BW e Saipem venceram a disputa para a construção da plataforma que será responsável pela produção da área.

“Este tempo nos dará a oportunidade de trabalhar com nossos parceiros para desenvolver Gato do Mato em um projeto mais resiliente, com um caso de investimento claro, com a expectativa de reapresentar o projeto logo após a reavaliação, esperançosamente sob condições de mercado mais favoráveis. Permanecemos comprometidos com o sucesso do projeto e teremos nossas equipes integradas de projeto analisando a reavaliação da Gato do Mato nos próximos 12 – 24 meses”, disse a empresa, em nota.

A Shell está prevendo a instalação de um navio-plataforma do tipo FPSO (floating, production, storage and offloading), com ancoragem spread mooring,  em Gato do Mato.

A unidade de produção terá capacidade para 90 mil barris por dia de petróleo e 8,5 milhões de m3 por dia de gás natural e contará com capacidade para armazenar 1,6 milhão de barris de petróleo e deve trabalhar na área por 25 anos.

O projeto de produção prevê 10 poços, sendo quatro produtores, quatro injetores de gás e outros dois poços injetores de água do mar.

A Shell é operadora de Gato do Mato, com 70% de participação, e tem como sócia a Ecopetrol (30%).