Shell avalia eólica offshore no Brasil

Shell avalia eólica offshore no Brasil

A Shell está avaliando se coloca o Brasil como prioridade para investimentos em eólica offshore já nos próximos anos. A informação é do presidente da empresa, André Araújo, que concedeu entrevista coletiva à imprensa na última sexta (16).

O Brasil tem 16,7 GW de capacidade de geração de energia eólica offshore em projetos em diferentes fases de maturidade – atualmente, são 26,4 GW outorgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Eólica é a 3ª maior fonte em capacidade, com 13% de toda a potência outorgada – atrás das térmicas, com 25%, e das hidrelétricas, com 49%.

Veja os parques e as capacidades totais por empresa, considerando os projetos em desenvolvimento, sem levar em conta a situação do licenciamento:

  • Neoenergia: complexos Águas Claras (RS), Maravilha (RJ) e Jangada (CE), com 9 GW;
  • Equinor: parques Aracatu 1 e 2 no Rio de Janeiro, com 4 GW, podendo chegar a 4,7GW;
  • BI Energia, Camocim e Caucaia-Parazinho, ambos no Ceará, com 1,5 GW;
  • Vestu Winds, com os três parques no Espírito Santo e 1,4 GW;
  • Eólicas do Brasil, em Asa Branca, também no Ceará, com 0,7 GW

A companhia também tem interesse em participar de novos leilões de energia elétrica, com foco em projetos termoelétricos a gás e renováveis, para vender energia para o mercado a partir de janeiro de 2022, afirmou André Araújo.

A petroleira desenvolve a termelétrica de Marlim Azul em Macaé (RJ), em parceria com a Pátria Investimentos e a Mitsubishi Hitachi Power Systems (MHPS). O projeto terá 565 MW de capacidade instalada e a expectativa é começar a venda da energia da unidade em janeiro de 2022.

Em paralelo, o grupo também tem buscado autorizações junto à Aneel para projetos de geração de energia solar. Araújo explicou que a companhia deve fechar parcerias para desenvolver essas usinas.

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GNL

André Araújo também destacou que a empresa vai analisar o arrendamento do Terminal de GNL da Petrobras na Bahia. Na sexta (16), a estatal divulgou o novo edital para arrendamento do terminal, com a entrega propostas prevista para junho.

O Terminal de GNL tem capacidade para de 20 milhões m³/dia e possui gasoduto com 45 km de extensão e 28 polegadas de diâmetro, interligando o TR-BA a dois pontos de entrega, a Estação Redutora de Pressão de São Francisco do Conde e a Estação de Controle de Vazão de São Sebastião do Passé.

Também serão arrendados equipamentos para geração e suprimento de energia elétrica localizados no Terminal Aquaviário de Madre de Deus (TEMADRE), integrantes do TR-BA. O FSRU não faz parte do processo de arrendamento do TR-BA.

Gato do Mato

A empresa pretende fechar até o final do ano a licitação para a contratação do FPSO de Gato do Mato. A empresa está prevendo a instalação de FPSO para começar a produzir no terceiro trimestre de 2023, com capacidade para 90 mil barris por dia de petróleo e 8,5 milhões de m3 por dia de gás natural.

A unidade de produção contará com capacidade para armazenar 1,6 milhão de barris de petróleo e deve trabalhar na área por 25 anos.

O projeto de produção prevê 10 poços, sendo quatro produtores, quatro injetores de gás e outros dois poços injetores de água do mar.

Perfuração

A Shell fechou com a Seadrill o afretamento da sonda West Taullus, que deve iniciar no segundo semestre uma campanha no Parque das Conchas, na parte capixaba da Bacia de Campos, e depois vai perfurar um poço no bloco exploratório C-M-791, também na Bacia de Campos e arrematada na 15a rodada da ANP.

A Shell é operadora do Parque das Conchas com 50% de participação e tem como sócias ONGC (27%) e QP (23%). No C-M-791 tem 40% de participação e como sócias Petrogal (20%) e Chevron (40%).

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