Offshore

PRIO compra participação da Equinor e vai assumir 100% do campo de Peregrino

Com a aquisição, PRIO passa a ser a única dona do Campo; negócio ainda precisa de aval do Cade

FPSO Peregrino para exploração offshore de petróleo e gás na Bacia de Campos (Foto Divulgação)
FPSO Peregrino para exploração offshore de petróleo e gás na Bacia de Campos (Foto Divulgação)

BRASÍLIA — A Equinor Brasil fechou acordo com a PRIO para a venda de sua participação de 60% e da operação no campo de Peregrino, na Bacia de Campos. Com a aquisição, a PRIO passa a ser operadora e dona de 100% do campo. No ano passado, comprou 40% da participação da Sinochem.

O pagamento ocorrerá em duas parcelas, uma na assinatura, de 40%, e outra mais próxima do fechamento, de 20%.

A operação referente aos 40% receberá um pagamento de US$ 2,233 milhões, com um pagamento adicional de US$ 166 milhões que está condicionado à conclusão da segunda parte de 20%. A operação dos 20% terá um valor de US$ 951 milhões. O componente final é um valor máximo de juros de US$ 150 milhões, totalizando US$ 3,5 bilhões.

“Estamos muito orgulhosos do trabalho que nossa equipe realizou nos últimos 20 anos no campo de Peregrino. Este ativo tem sido a pedra angular da história da Equinor no Brasil. Estamos nos preparando para as operações em Bacalhau, bem como para o início das operações do projeto híbrido renovável Serra da Babilônia por nossa subsidiária Rio Energy, e estamos avançando com o gás do projeto Raia”, diz Veronica Coelho.

A PRIO informou, em comunicado aos acionistas, que o negócio agregará 202 milhões de barris de reservas.

A companhia espera que as operações sejam concluídas entre o final de 2025 e meados de 2026 e todos os valores serão pagos utilizando os recursos já disponíveis em conta corrente da PRIO

A Equinor opera o campo de Peregrino desde 2009, e cerca de 300 milhões de barris de petróleo foram produzidos pelo ativo desde então.

PRIO em Peregrino

A PRIO iniciou sua entrada em Peregrino no último trimestre do ano passado, quando adquiriu 60% do campo da Sinochem. A operação custou US$ 1,915 bilhão, sendo US$ 191,5 milhões pagos na assinatura do contrato e o restante na conclusão da transação, assim como ajustes de preço e do capital de giro líquido, informou a Prio.

Em outubro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG/Cade) aprovou a aquisição.

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