Petrobras relança licitação para novo FPSO do campo de Jubarte

O FPSO P-66 instalado no campo de Lula, na Bacia de Santos. Foto: Agência Petrobras / André Motta de Souza
O FPSO P-66 instalado no campo de Lula, na Bacia de Santos. Foto: Agência Petrobras / André Motta de Souza

A Petrobras relançou nesta segunda (19) a licitação para a contratação do FPSO que será instalado no projeto de revitalização do campo de Jubarte, o chamado Projeto Integrado Parque das Baleias, em águas profundas da parte capixaba da Bacia de Campos. O edital (pdf) foi disponibilizado pelo sistema Petronect e as propostas serão entregues em 17 de março de 2021.

O GTD (General Technical Description) da concorrência prevê a contratação do afretamento e operação de uma unidade com capacidade para produzir 100 mil barris/dia de óleo e 180 mil barris/dia de água – em 2017, detalhamos o projeto.

Na última sexta, a Petrobras anunciou o cancelamento da primeira licitação para contratação da plataforma e o adiamento do projeto, que agora tem entrada em operação prevista para 2024.

A Yinson foi a única empresa habilitada na concorrência, após a desclassificação do consórcio Bluewater/Saipem.

Nova fornecedora no mercado brasileiro, a Yinson tem sede na Malásia, venceu a disputa e foi contratada para construir e afretar um dos FPSOs do projeto de revitalização de Marlim – o outro está com a Modec.

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Governo capixaba cobra projeto

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, cobrou neste sábado (17) uma explicação da Petrobras pelo adiamento do projeto de produção revitalização do Parque das Baleias.

“A decisão da Petrobras de adiar mais uma vez os investimentos no Parque das Baleias, no sul do Espírito Santo, e a ociosidade das instalações aqui existentes, seja na exploração do óleo e no tratamento do gás, precisa de uma explicação clara de quais são planos da empresa para nosso estado”, comentou o governador no Twitter.

Jubarte e Marlim são os únicos projetos do plano de negócios atual da Petrobras com entrada de novos FPSOs na . Em Marlim as duas unidades estão contratadas para 2022 e 2023 e serão utilizadas para substituir o sistema de produção atual. As plataformas existentes serão progressivamente descomissionadas.

Em 2014, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis () determinou a unificação dos ativos, desencadeando uma disputa arbitral com a Petrobras que durou cinco anos, já que a unificação implica em maior pagamento de participações especiais, um tipo de royalty em que a alíquota é maior de acordo com a produção total dos campos.

Em 2019, foi assinado um acordo que desbloqueou o pagamento de R$ 1,6 bilhão para o governo do  e municípios que fazem fronteira com o campo.

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