A Petrobras anunciou nesta segunda (15/8) que fechou com a Keppel Shipyard Limited contrato para a construção do FPSO P-80, que vai produzir petróleo e gás no nono módulo do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. O início da produção está previsto para 2026.
A plataforma será uma das maiores produtoras de petróleo e gás do país, com capacidade para 255 mil barris de petróleo por dia, processar até 12 milhões de m³/dia de gás e estocar mais de 1,6 milhão de barris. O projeto prevê a interligação de 14 poços, sendo 7 produtores de óleo e 7 injetores.
De acordo com a Petrobras, a unidade de produção terá índice de conteúdo local mínimo de 25% e contará com tecnologia de Captura, Uso e Armazenamento geológico de CO2 (CCUS).
A Petrobras é a operadora de Búzios com 92,6% de participação, tendo como parceiras a CNOOC e a CNODC, com 3,7% cada.
Outras FPSOs da Petrobras operando em Búzios
O campo de Búzios é o segundo maior produtor de petróleo e gás com 611 mil barris por dia de petróleo e 33 milhões de m³/dia de gás natural no mês de julho, de acordo com dados da ANP.
São quatro plataformas atualmente em operação P-74,P-75, P-76 e P-77, todas contratadas para o regime da cessão onerosa da partilha da produção do pré-sal.
Outras quatro plataformas devem entrar em operação nos próximos anos, além da P-80.
Em maio de 2021, a Petrobras também anunciou contrato com a Keppel Shipyard para a construção do FPSO P-78. A plataforma tem previsão de começar a produzir em 2024, com capacidade para 180 mil barris por dia de petróleo e 7,2 milhões de m³ de gás por dia.
O consórcio Saipem e DSME vai fazer a plataforma P-79, com entrega prevista para 2025 e capacidade para produzir 180 mil barris de óleo por dia e 7,2 milhões de m³ de gás por dia.
O FPSO Almirante Tamandaré deve entrar em operação no segundo semestre de 2024, com capacidade de produção para 225 mil barris/dia de petróleo e 12 milhões de m³/dia de gás natural.
Em 2026, entra em operação o FPSO Almirante Barroso, que deixou o estaleiro Cosco, na China, recentemente para vir para o Brasil. A unidade, afretada à MODEC, terá capacidade para produzir até 150 mil barris/dia de óleo e processar 6 milhões de m³/dia de gás.