BRASÍLIA – Estaleiros nacionais nos municípios de Navegantes e Itajaí, em Santa Catarina, foram contratados pela Petrobras para a construção de 12 embarcações do tipo Platform Supply Vessel (PSV), usadas no apoio e transporte de equipamentos para plataformas offshore.
Os contratos firmados com as empresas Bram Offshore e Starnav Serviços Marítimos foram anunciados nesta quinta-feira (12/12) pela presidente Magda Chambriard. O investimento soma R$ 16,5 bilhões.
Cada empresa será responsável pelo afretamento para a Petrobras de seis embarcações.
Segundo Chambriard, a modernização da frota de embarcações de apoio é uma das iniciativas do Plano de Negócios da Petrobras para o período de 2025 a 2029.
“Essas novas unidades não só irão incorporar o que há de mais moderno em tecnologia, como também representam nosso engajamento com melhores práticas sustentáveis e inovadoras. São projetos que atendem aos mais elevados padrões ambientais, sociais e de governança, essenciais para um futuro sustentável, além de gerar cerca de 11 mil empregos diretos e indiretos”, afirmou a CEO.
Os contratos incluem um período de até quatro anos para mobilização e 12 anos de operação, além da exigência de 40% de conteúdo local durante a fase de construção.
Os navios de apoio serão equipados com motores híbridos que combinam motores elétricos e baterias com geradores movidos a diesel/biodiesel.
Mais embarcações de apoio
Em outubro, a Petrobras iniciou a contratação de dez barcos de apoio, com a mesma exigência de conteúdo local.
Das dez embarcações em contratação pela Petrobras, oito são do tipo RSV, usadas no apoio a operações remotas. Essas unidades atuam por meio de braços mecânicos no manuseio e montagem de equipamentos submarinos.
Outras duas, do tipo AHTS, atuam como rebocadores, com o manuseio de âncoras e transporte de suprimentos.
A encomenda de navios com índices mínimos de conteúdo local é um dos pleitos da indústria naval nacional. No ano passado, equipes da companhia visitaram os estaleiros nacionais para verificar a capacidade de atendimento da demanda por novos barcos. A estatal chegou a informar em 2023 que iniciaria licitações sem previsão de índices mínimos para contratação nacional.