A Petrobras anunciou nesta segunda (7/2) que assinou contrato com a Yinson Production para afretamento e prestação de serviços do FPSO, que será instalado no projeto Integrado do Parque das Baleias, no campo de Jubarte, na parte capixaba da Bacia de Campos.
A previsão é que a plataforma, que terá capacidades de processamento de 100 mil barris de óleo e de 5 milhões de m3 de gás por dia, entre em operação no quarto trimestre de 2024.
Jubarte e Marlim são os únicos projetos do plano de negócios atual da Petrobras com entrada de novos FPSOs na Bacia de Campos. Em Marlim as duas unidades estão contratadas para 2022 e 2023 e serão utilizadas para substituir o sistema de produção atual. As plataformas existentes serão progressivamente descomissionadas.
Em 2014, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou a unificação dos ativos, desencadeando uma disputa arbitral com a Petrobras que durou cinco anos, já que a unificação implica em maior pagamento de participações especiais, um tipo de royalty em que a alíquota é maior de acordo com a produção total dos campos.
Em 2019, foi assinado um acordo que desbloqueou o pagamento de R$ 1,6 bilhão para o governo do Espírito Santo e municípios que fazem fronteira com o campo.
Segunda licitação para Jubarte
Esta foi a segunda vez que a Petrobras tentou contratar a construção e afretamento da plataforma. Em 2020, a empresa anunciou o cancelamento da primeira licitação para contratação e o adiamento do projeto.
A Yinson foi a única empresa habilitada na concorrência, após a desclassificação do consórcio Bluewater/Saipem.
Nova fornecedora no mercado brasileiro, a Yinson tem sede na Malásia, venceu a disputa e foi contratada para construir e afretar um dos FPSOs do projeto de revitalização de Marlim — o outro está com a Modec.
A unidade terá capacidade para produzir 70 mil barris por dia de petróleo e comprimir 4 milhões de m³/dia de gás natural.
O início da produção está previsto para 2023 e o contrato de afretamento tem validade de 25 anos.
Empresa também em Atlanta
No final do ano passado, a Enauta assinou uma carta de intenções com a Yinson Holdings Berhad para engenharia de detalhamento e compromissos de long lead items para o FPSO OSX-2. A Enauta tem uma opção de compra exclusiva da unidade, que deverá integrar o sistema definitivo do campo de Atlanta, no pós-sal da Bacia de Santos. A Enauta tem 100% de participação na área.
O acordo prevê a adaptação do FPSO por meio de um contrato turnkey de Engineering, Procurement, Construction and Installation (EPCI), com garantia, operação e manutenção por 24 meses. O custo será da ordem de US$ 500 milhões.
Antes do início da produção, a Yinson terá uma opção de compra da unidade atrelada a um financiamento. Se exercê-la, entrarão em vigor contratos de afretamento, operação e manutenção por um período de 15 anos, com possibilidade de extensão por mais cinco anos, somando um valor de US$ 2 bilhões para os 20 anos.