Investimento total no campo de Bacalhau é estimado em US$ 8 bilhões

Equinor e parceiros no pré-sal de Santos aprovam decisão final de investimento

Eduardo Gerk (PPSA), Juan Lessmann (ExxonMobil), Veronica Coelho (Equinor), Miguel Pereira (Petrogal Brasil) e Trond Stokka Meling (Equinor). Fopto por Aline Massuca, Equinor Brasil

A Equinor, operadora do campo de Bacalhau, e suas sócias ExxonMobil e Petrogal Brasil tomaram a decisão final de investimento (FID, na sigla em inglês) para o investimento estimado em US$ 8 bilhões no desenvolvimento do primeiro módulo do campo, no pré-sal da Bacia de Santos.

Será o primeiro campos a entrar em produção no pré-sal sem a participação da Petrobras nas etapas finais de conclusão da exploração e definição do projeto de produção.

A Equinor comprou o ativo da Petrobras em 2012.

Localizado no polígono do pré-sal, a maior parte do projeto – descobertas de Carcará e Guanxuma – estão no contrato de concessão BM-S-8. Posteriormente, foi contrata a extensão campo na área de Carcará Norte, pelo regime de partilha.

A estatal Pré-sal Petróleo SA (PPSA) atua como representante da União no contrato de partilha.

O plano de desenvolvimento foi aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em março de 2021.

A Equinor opera o projeto com 40%, ExxonMobil detém 40% e a Petrogal Brasil, os 20% restantes.

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Campo de Bacalhau tem break even inferior a US$ 35

“Bacalhau é um passo importante para a realização de nossa ambição estratégica de aprofundar nossa presença no Brasil”, afirma Veronica Coelho, executiva à frente das operações da Equinor no Brasil.

“É também um projeto importante para o país, pois representa investimentos significativos, com efeito cascata na cadeia de suprimentos e criação de empregos locais”, diz.

“O Bacalhau é um projeto globalmente competitivo, com um break even abaixo de 35 dólares em uma região chave de energia. As reservas recuperáveis estimadas para a primeira fase são mais de um bilhão de barris de petróleo”, diz Arne Sigve Nylund, vice-presidente executivo de Projetos, Perfuração e Suprimentos da Equinor.

O primeiro óleo de Bacalhau está previsto para 2024

A previsão é que o primeiro FPSO do campo entre em operação em 2024. A MODEC foi contratada para construir a unidade e uma segunda plataforma pode ser encomendada – a decisão anunciada hoje (1º) diz respeito somente ao primeiro FPSO.

A unidade foi contratada na modalidade chamada BOT (build, operate, transfer). Além de construir a unidade, a MODEC vai operar a plataforma por um ano e, em seguida, a Equinor assume com pessoal próprio.

“Devido à pandemia da covid-19 e incertezas relacionadas, os planos do projeto podem ser ajustados em resposta às restrições de saúde e segurança”, ponderou a empresa.

O campo de Bacalhau está situado entre duas licenças, BM-S-8 e Norte de Carcará. O recurso é um reservatório de carbonato de alta qualidade, contendo óleo leve com o mínimo de contaminantes.

A malha de drenagem prevê a conexão de 19 poços submarinos à unidade flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO), com capacidade para processar 220 mil barris por dia de óleo.

Todo o gás produzido nessa primeira fase será injetado no reservatório.

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Emissões de carbono

Espera-se que a intensidade média de CO2 durante a vida útil do campo seja inferior a 9 kg por barril produzido, significativamente menor que a média global de 17 kg por barril.

“O trabalho continuará durante toda a vida útil do campo para reduzir as emissões e aumentar a eficiência energética”, diz a empresa.

Outra solução foi o uso de turbinas a gás em ciclo combinado, mais eficientes, para geração de calor e energia.

“Foram feitos esforços significativos para reduzir as emissões da fase de produção, incluindo a implementação de um sistema de turbina a gás de ciclo combinado para aumentar a eficiência energética do gerador de energia. Isto proporciona uma produção eficiente de energia elétrica e um suprimento flexível de calor”, destacou a empresa.

Principais fornecedores do campo de Bacalhau

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