O subsecretário adjunto de Energia da Secretária de Estado de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro, Sérgio Coelho, acredita que o Rio pode se tornar uma fonte de mão de obra e de bens e serviços para a abertura de novas fronteiras exploratórias, como a Margem Equatorial e a Bacia de Pelotas.
Em entrevista à eixos, na Offshore Week 2024, Coelho disse nesta terça (8/10) que o Rio concentra, hoje, uma base instalada grande de fornecedores e que dificilmente essa infraestrutura será replicada em outras regiões na mesma proporção.
“Muitas das coisas que vão atender essas regiões serão do Rio”, comentou.
Principal produtor de óleo e gás do país, o estado do Rio abriga, hoje, tanto a crescente produção do pré-sal da Bacia de Santos quanto os campos maduros da Bacia de Campos.
Mão de obra é desafio para recuperação da indústria
Coelho destacou que os efeitos da reativação dos campos maduros pelas petroleiras independentes, que compraram ativos da Petrobras nos últimos anos com foco na recuperação dos ativos, já são sentidos pelos municípios que abrigam a cadeia fornecedora – em especial do Norte Fluminense.
Essa retomada da indústria, segundo ele, dinamiza as economias locais e, ao mesmo tempo, impõe alguns desafios, como a escassez de mão de obra.
Coelho cita que o Rio tem histórico na formação de profissionais qualificados, mas que, em função do declínio das atividades na última década, essa mão de obra foi se desatualizando.
“Existe um problema grave de mão de obra”, afirmou o subsecretário.
Uma das iniciativas do governo do Rio, conta ele, foi lançar um programa de qualificação voltado para jovens profissionais que procuram um primeiro emprego e também para profissionais que procuram a reativação de certificados vencidos.