RIO — O Ibama liberou a licença ambiental para a Petrobras perfurar o primeiro poço em águas profundas no bloco FZA-M-059, na Bacia da Foz do Amazonas, na costa do Amapá.
Segundo a estatal, a sonda está na locação do poço e a perfuração está prevista para ser iniciada imediatamente, com a duração estimada de cinco meses. A sonda deslocada para a atividade é a NS-42, da Foresea.
Em nota, a companhia ressaltou que a perfuração visa obter mais informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica e que não há produção de petróleo nessa fase.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, relembrou em nota que a companhia levou quase cinco anos para obter a liberação, em um processo que demandou interlocução com governos e órgãos ambientais municipais, estaduais e federais.
“A conclusão desse processo, com a efetiva emissão da licença, é uma conquista da sociedade brasileira e revela o compromisso das instituições nacionais com o diálogo e com a viabilização de projetos que possam representar o desenvolvimento do país”, disse.
“Nesse processo, a companhia pôde comprovar a robustez de toda a estrutura de proteção ao meio ambiente que estará disponível durante a perfuração em águas profundas do Amapá. Vamos operar na Margem Equatorial com segurança, responsabilidade e qualidade técnica. Esperamos obter excelentes resultados nessa pesquisa e comprovar a existência de petróleo na porção brasileira dessa nova fronteira energética mundial”, acrescentou.
Em 2023, o Ibama negou o primeiro pedido para a licença. Desde então, a companhia fez ajustes no processo.
Em setembro, a estatal realizou uma Avaliação Pré-Operacional (APO), um simulado para testar protocolos de emergência.
Ao todo, a Petrobras estima que gastará R$ 842,4 milhões com essa primeira perfuração.
A Bacia da Foz do Amazonas está na região da Margem Equatorial, principal aposta da Petrobras para a próxima fronteira exploratória no Brasil. Ao todo, a companhia pretende perfurar de seis a sete poços em águas profundas na região.