RIO — O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou a Avaliação Pré-Operacional (APO) realizada pela Petrobras para a emissão da licença de perfuração do poço exploratório bloco FZA-M-59, na bacia da Foz do Amazonas.
No entanto, o parecer técnico do órgão solicita ainda alguns ajustes antes da finalização do processo.
“Levando em consideração as observações registradas pela equipe de avaliadores, a robustez da estrutura apresentada, bem como o caráter inédito da atividade executada — marcada por desafios logísticos relevantes, pela dimensão da estrutura acionada e pela amplitude das vertentes de análise — considera-se a Avaliação Pré-Operacional do Bloco FZA-59 aprovada”, conclui o parecer.
Entre os ajustes exigidos pelo Ibama estão a reavaliação da estratégia para o plano de comunicação do impacto transfronteiriço.
O órgão ambiental pediu ainda esclarecimentos sobre o posicionamento das embarcações durante a APO, que foi diferente do apresentado nos estudos prévios. A estratégia e os recursos utilizados para o atendimento à fauna também divergiram do plano anterior.
O Ibama apontou ainda que a equipe de líderes de sobrevoos é da região de Oiapoque, mas que carece de intensificação do treinamento.
Agora, o Plano de Proteção à Fauna deverá ser revisado e reapresentado pela Petrobras.
Este é o mais próximo que a Petrobras já chegou da emissão da licença, depois da primeira negativa do Ibama, em 2023.
Considerada a última etapa antes da emissão da licença, a APO é um simulado para testar protocolos de emergência.
A atividade teve início no dia 24 de agosto e, ao todo, mobilizou o navio-sonda NS-42, da Foresea; três helicópteros; seis embarcações de emergência; seis embarcações de atendimento à fauna; dois Centros de Atendimento à Fauna em Oiapoque (AP) e Belém (PA); e os profissionais envolvidos na operacionalização desses recursos.
A Bacia da Foz do Amazonas está na região da Margem Equatorial, principal aposta da Petrobras para a próxima fronteira exploratória no Brasil. Ao todo, a companhia pretende perfurar de seis a sete poços em águas profundas na região.