LYON (FR) — A plataforma que vai produzir no campo de Bacalhau chegou à locação, no pré-sal da Bacia de Santos, no último sábado (22/2). A unidade é uma das maiores já entregues no Brasil, com 370 metros de comprimento, 64 metros de largura e capacidade para produzir até 220 mil barris/dia de petróleo bruto.
O FPSO agora está em processo de ancoragem, com auxílio de quatro barcos rebocadores.
Em seguida, vão ocorrer os procedimentos de conexão aos tubos do leito marinho, pré-comissionamento e comissionamento de todo o sistema, segundo o vice-presidente sênior de Desenvolvimento de Projetos da Equinor, Trond Bokn.
A produção está prevista para iniciar ainda em 2025. Ao todo, a plataforma será conectada a 19 poços, e, na primeira fase, o gás será reinjetado.
O projeto é o maior operado pela Equinor fora da Noruega.
“Bacalhau é um projeto muito importante no portfólio da Equinor. Com mais de 1 bilhão de reservas recuperáveis estimadas, ver o FPSO chegar ao Campo é um marco muito relevante”, afirmou a presidente da Equinor no Brasil, Verônica Coelho.
Conduzidos pela Modec, os trabalhos de integração e comissionamento ocorreram em Singapura e tiveram duração de um ano e meio. A construção foi finalizada em dezembro de 2024 e o transporte até o Brasil levou cerca de dois meses.
A estrutura tem um projeto de casco duplo, usado para acomodar plataformas com partes superiores maiores e com maior capacidade de armazenamento que os navios-tanques tradicionais.
A Equinor opera o campo de Bacalhau com 40% de participação, em parceria com a ExxonMobil, que também tem 40%, e a Petrogal Brasil, que tem os 20% restantes. A Pré-Sal Petróleo (PPSA) faz a gestão do contrato de partilha representando a União.
Ao todo, as empresas investiram US$ 8 bilhões no desenvolvimento do primeiro módulo de Bacalhau.
O campo será o primeiro do pré-sal a entrar em produção sem a participação da Petrobras nas etapas de conclusão de exploração e definição do projeto de desenvolvimento. A Equinor comprou o ativo da Petrobras em 2012.