A Equinor vai instalar um FPSO com capacidade para produzir 16 milhões de m3/dia no projeto da descoberta de Pão de Açúcar, na área do bloco exploratório BM-C-33, no pré-sal da Bacia de Campos.
A unidade será interligada ao Terminal de Cabiúnas, em Macaé, a partir de um gasoduto submarino que vai se conectar a uma nova instalação dedicada de recebimento de gás, onshore, dentro do terminal.
“A conclusão da liberalização em curso do mercado de gás natural no Brasil, de acordo com o plano atual, é fundamental para o desenvolvimento adicional do projeto. BM-C-33 é um ativo que tem o potencial de gerar valor para a sociedade, tanto pela criação de empregos diretos e indiretos, e consequente efeito cascata, quanto pela oferta adicional de gás que pode contribuir para o crescimento industrial, como já aconteceu em outros países”, afirma Veronica Coelho, presidente da Equinor no Brasil.
Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou o novo marco legal do gás natural, após três anos de discussão em torno de uma proposta para atualizar a Lei do Gás de 2019.
Será sancionado um projeto com apoio do governo e das produtoras de petróleo, gás e energia – como a Equinor.
A data de entrada em operação do projeto não foi divulgada.
A Equinor já estimou que o primeiro gás poderia ser produzido, a depender de outros fatores, a partir de 2026.
A Equinor opera a área do BM-C-33, onde tem 35% de participação, desde dezembro de 2016. A empresa tem como sócias no projeto a Repsol (35%) e a Petrobras (30%).
No bloco foram realizadas três descobertas no pré-sal: Seat (2010), Gávea (2011) e uma grande descoberta de gás e condensado no prospecto Pão de Açúcar, anunciada em 2012, onde são estimados 1 bilhão de barris equivalentes.
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Outra plataforma
No começo de 2020, a Equinor oficializou a contratação da Modec para fornecer o navio-plataforma, do tipo FPSO, que será utilizado para a produção de petróleo e gás no campo de Bacalhau, antiga área de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos.
A empresa havia sido contratada para o pré-FEED (Pre-Front End Engineering Design, na sigla em inglês), em dezembro de 2018 e agora ficou com a obra.
A Modec será responsável pelo projeto e construção do FPSO, incluindo contratação dos módulos do topside, bem como sistemas marítimos e de casco. A primeira produção de petróleo está planejada no período entre 2023-2024.
A plataforma será o maior FPSO já entregue no Brasil e terá capacidade para produzir até 220 mil barris de petróleo por dia e 15 milhões de m³/dia de gás natural.
No final do ano passado, a empresa anunciou contratos com Baker Hughes, Halliburton e Schlumberger para serviços de poços de Bacalhau, com conteúdo local médio é estimado em 74%.
O valor total dos serviços é da ordem de US$ 455 milhões, com prazo firme de 4 anos e duas opções de extensão por mais 2 anos. Primeiro óleo do campo está previsto para 2024.
O contrato da Baker Hughes cobre perfuração e completação de poços; Halliburton fará serviços de intervenção e revestimento; Schlumberger fornecerá serviços de perfilagem.
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