BRASÍLIA – O consórcio do Projeto Raia anunciou, nesta segunda (22/7), que a Valaris será responsável pelo contrato de perfuração nas operações do Brasil. As atividades de perfuração estão programadas para começar em 2026. O objetivo é perfurar seis poços, com início da produção em 2028.
O contrato está estimado em aproximadamente US$ 500 milhões, que inclui um período de intervalo, mobilização, modificações e serviços integrados. Durante o período de intervalo entre o escopo atual do campo de Bacalhau e o início no projeto Raia, a sonda de perfuração pode estar disponível para trabalho alternativo.
O consócio operado pela Equinor (35%), em parceria com a Repsol Sinopec (35%) e Petrobras (30%) é um dos maiores projetos de gás natural em desenvolvimento no país, com reservas recuperáveis acima de 1 bilhão de barris de petróleo equivalente.
As empresas estimam investir US$ 9 bilhões no desenvolvimento dos campos de Raia Manta e Raia Pintada.
Os campos do Projeto Raia estão localizados na região do pré-sal da Bacia de Campos, a aproximadamente 200 km da costa, em profundidades de até 2.900m. O navio-sonda contratado é capaz de operar em águas ultraprofundas, superiores a 3.600m.
Segundo a Equinor, quando Raia entrar em operação, será vetor de desenvolvimento para o mercado de gás brasileiro, sendo capaz de entregar 15% da demanda nacional pelo combustível. A petroleira norueguesa também prevê a criação de 50 mil empregos locais diretos e indiretos ao longo da vida útil do projeto.
As descobertas de grandes reservas foram feitas pela Repsol Sinopec, em 2010, e possui uma capacidade de exportação de 16 milhões de m³/dia.
Escoamento da produção
Em dezembro de 2023, a Equinor assinou uma carta de intenções com a Azevedo & Travassos Infraestrutura para a construção do trecho terrestre do gasoduto e das instalações de recebimento de gás natural do Projeto Raia (BM-C-33).
O contrato, na modalidade EPCIC (Engenharia, Fornecimento de Equipamentos e Materiais, Construção, Instalação e Comissionamento), é estimado em R$ 500 milhões. O prazo de execução é de cerca de 46 meses. Os trabalhos serão realizados em Macaé (RJ).
A comercialização do gás será realizada por meio de um gasoduto offshore de 200 km da plataforma para Cabiúnas, em Macaé. Os líquidos serão escoados por meio de navios-tanque.