O CEO da Equinor, Anders Opedal, defendeu que o Brasil precisa explorar o potencial de geração de energia no mar a partir da instalação de parques eólicos offshore, um mercado ainda pioneiro no país.
“Lembro do sol quente e do vento fresco do Brasil. É preciso aproveitar mais o vento offshore do país”, afirmou o executivo durante painel da Rio Oil & Gas 2020, nesta terça (1º).
A Equinor foi a primeira petroleira a iniciar o licenciamento de um parque eólico offshore no Brasil e estuda a instalação de 4GW de capacidade nos estados do Rio e do Espírito Santo – um projeto de grande porte, comparado com a escala do que é desenvolvido no mundo.
Atualmente, o parque offshore em estágio mais avançado de desenvolvimento é da Bi Energia, em Caucaia, no Ceará. A Neoenergia, do setor elétrico, também licencia projetos de grande porte.
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A meta da Equinor é zerar as emissões de carbono provenientes da produção de petróleo até 2050. “As ambições que irão nos guiar serão sustentabilidade e baixo carbono na sociedade”, projeta.
Tendo comandado as operações da Equinor no Brasil entre 2017 e 2018, o executivo lembra que o país conta hoje com o primeiro projeto em energia solar fotovoltaica desenvolvido pela Equinor: a usina Apodi, instalada em Quixaré, no Ceará.
Mesmo investindo em energias renováveis e soluções de baixo carbono, o executivo acredita que o óleo e o gás continuarão fazendo parte do portfólio da Equinor por muito tempo.
“Estamos preparados para diversificar a companhia utilizando a vantagem competitiva que construímos a partir da indústria de óleo e gás”, garante.
Na avaliação de Opedal, a principal matriz energética mundial nas próximas décadas ainda será proveniente do óleo e do gás, mas estima que até 2050 o mundo precisará menos dessa energia.
“Ao longo dos anos, desenvolvemos competência na produção de óleo e gás pelo mundo afora e temos foco não apenas em produzi-los, mas produzir com o mínimo de emissão de carbono possível. Temos essa competência e estamos muito bem posicionados para liderar um negócio lucrativo”, aposta o executivo.
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Sobre os reflexos da pandemia de covid-19 na indústria de petróleo, Opedal ressaltou o excelente trabalho que pessoas no mundo todo estão empreendendo para fazer “a roda girar”.
“A indústria tem essa habilidade de se adaptar às mudanças e, conversando com meus pares, vejo que, assim como eu, eles estão muito bem impressionados”, diz.
“Pensando na indústria, como um todo, o executivo acredita que ainda haja espaço para melhorias e sugere que as empresas trabalhem juntas para melhorar a segurança. Uma proposta de melhoria, segundo ele, seria treinar todos os trabalhadores da ponta sob as mesmas regras.
Acreditamos que todos devem trabalhar e voltar para casa e suas famílias em segurança”, disse.
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