RIO — O campo de Bacalhau, em águas ultraprofundas no pré-sal da Bacia de Santos, iniciou a produção na noite de quarta-feira (15/10).
O projeto é operado pela Equinor (40%), em sociedade com a ExxonMobil (40%) e Petrogal (20%). A Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) também participa do consórcio, como gestora do contrato de partilha.
As operações marcam também o início da produção da ExxonMobil no país. É também o maior projeto operado pela Equinor fora da Noruega.
O FPSO instalado no campo tem capacidade de produzir 220 mil barris/dia. A Modec vai operar a plataforma durante a fase inicial. No futuro, a Equinor vai assumir as instalações até o final do período da licença.
Ao todo, a unidade será conectada a 19 poços, e, na primeira fase, o gás será reinjetado.
A plataforma conta com turbinas a gás de ciclo combinado, tecnologia que reduz a intensidade de carbono. A estimativa é que as emissões de CO₂ fiquem em cerca de 9 kg por boe, valor equivalente a cerca de metade da média da indústria.
Cerca de 60% do escopo submarino da primeira fase foi executado por empresas brasileiras.
Com reservas superiores a um bilhão de barris, o campo é o primeiro do pré-sal a entrar em produção sem a participação da Petrobras nas etapas de conclusão de exploração e definição do projeto de desenvolvimento.
A descoberta da área ocorreu em 2012 e a Equinor comprou a operação da área em 2016.
“Ao longo de sua vida útil de 30 anos, Bacalhau criará cerca de 50 mil empregos e proporcionará produção de longo prazo com intensidade de carbono reduzida. Este projeto reflete nosso profundo compromisso com o futuro energético do Brasil, reforçado por nossos investimentos de US$ 25 bilhões até 2030”, disse a presidente da Equinor no Brasil, Veronica Coelho.