A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinou a interdição do FPSO Peregrino, operado pela Equinor, na sexta-feira (15/8). Segundo despacho da Superintendência de Segurança Operacional, o bloqueio decorre de falhas na documentação de gestão e análise de risco e de ajustes necessários no sistema de dilúvio.
De acordo com a Prio, parceira no consórcio e futura operadora do campo, os trabalhos de adequação devem levar entre três e seis semanas. A companhia informou em nota que acompanha as medidas em conjunto com a norueguesa e que está contribuindo com recursos para o cumprimento das exigências da ANP.
O campo Peregrino, localizado na Bacia de Campos, está em processo de mudança de controle. A Equinor firmou acordo para vender sua participação de 60% no ativo à Prio por US$ 3,35 bilhões, além de até US$ 150 milhões em juros.
O fechamento da transação depende de aprovações regulatórias e legais. A Equinor será responsável pela operação até a conclusão do negócio, quando a Prio assumirá integralmente o ativo.
O campo produz petróleo pesado desde 2009, com cerca de 300 milhões de barris acumulados até o momento. O sistema é composto por um FPSO e três plataformas fixas. No primeiro trimestre de 2025, a produção em Peregrino foi de aproximadamente 55 mil barris/dia, segundo a Equinor.
A Prio já havia adquirido em 2024 a fatia de 40% que pertencia à Sinochem, quando se tornou sócia da Equinor no campo.