Concessão

Trinta petroleiras estão inscritas para próximo leilão de petróleo, três pela primeira vez; veja a lista

Serão negociados 332 blocos no quinto edital, com sessão pública prevista para junho

Primeiro Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP) do pré-sal, no Hotel Windsor Guanabara, centro do Rio, em 16/12/2022 (Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Primeiro Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP) do pré-sal, no Hotel Windsor Guanabara, centro do Rio, em 16 de dezembro de 2022 | Foto Tânia Rêgo/Agência Brasil

BRASÍLIA – Trinta petroleiras, três delas pela primeira vez, estão inscritas no próximo leilão de petróleo, marcado para 17 de junho, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nesta sexta-feira (7/3).

As estreantes são Westlawn Energia do Brasil, Lux Oil e Dilllianz Petróleo & Gas Natural-Biocombustivel.

A estatal chinesa CNODC também está inscrita pela primeira vez para disputar um leilão de concessão de blocos, mas já atua no Brasil, como sócia em campos e áreas de partilha, operados pela Petrobras, entre eles Mero e Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. Em janeiro, a companhia obteve uma produção de mais de 50 mil barris de petróleo por dia.

As 30 empresas terão até 31 de março para apresentar garantias de oferta e indicar o interesse nos setores disponíveis. As que cumprirem esta etapa, poderão disputar os blocos na sessão pública de ofertas, no Rio de Janeiro. O 5º ciclo de oferta permanente de concessão 332 blocos disponíveis.

A norte-americana Westlawn é sediada no Texas e tem operações também no Canadá, na América Latina e no Oriente Médio.

A Lux Oil é formada por executivos do setor de óleo e gás e tem participação da Lux Capital.

A Dillianz faz parte de um grupo fundado no Rio Grande do Sul, com origem no agronegócio. Presente em quatro países, o conglomerado atua também nas áreas de energia fotovoltaica, financeira e comercialização de commodities.

A lista completa das empresas inscritas no próximo leilão da ANP

  • Aguila Energia e Participações
  • Apoema Consultores em Óleo e Gás
  • Atem Participações S.A.
  • BP Energy do Brasil
  • Chevron Brasil Óleo e Gás
  • CNODC Brasil Petróleo e Gás
  • CNOOC Petroleum Brasil
  • Dillianz Petróleo & Gás Natural-Biocombustível S.A.
  • Dimensional Engenharia
  • Ecopetrol Óleo e Gás do Brasil
  • Equinor Brasil Energia
  • ExxonMobil Exploração Brasil
  • Federal Energia S.A.
  • Fluxus Óleo, Gás & Energia
  • Grupo Ubuntu
  • Karoon Petróleo e Gás
  • Lux Oil
  • Mandacaru Energia
  • Newo Óleo e Gás
  • NTF Óleo e Gás
  • Origem Energia S.A.
  • Petroborn Óleo e Gás S.A.
  • Petrogal Brasil S.A.
  • Petróleo Brasileiro S.A.
  • PetroRecôncavo S.A.
  • QatarEnergy Brasil
  • Shell Brasil Petróleo
  • Sinopec Exploration and Production (Brazil)
  • Total Energies EP Brasil
  • Westlawn Energia Brasil

Leilão da ANP vai ofertar blocos na Foz do Amazonas

No 5º leilão da oferta permanente, estão disponíveis 47 blocos em águas profundas da Bacia da Foz do Amazonas, região em que a Petrobras tenta obter a licença para iniciar a exploração, mas enfrenta questionamentos ambientais e do Ibama.

Desde que retomou o licenciamento, a empresa já recebeu duas negativas das áreas técnicas do órgão ambiental e aguarda uma nova análise para as próximas semanas. A abertura da fronteira exploratória no Amapá é um tema de interesse direto do presidente Lula, que afirmou recentemente que o Ibama trabalha contra o governo.

A ANP e o Ministério de Minas e Energia (MME) conseguiram incluir os blocos na Foz do Amazonas em razão de manifestações ambientais conjuntas com o Ministério do Meio Ambiente vigentes até 18 de junho, um dia após a realização do leilão.

Sem a realização de estudos prévios pelo governo, a legislação ambiental exige a manifestação do ministérios para inclusão dos blocos em leilões. Os atos foram emitidos em 2020 e têm validade de cinco anos.

No mar, há ainda blocos nas bacias do Ceará e Potiguar, ambas na Margem Equatorial. Na Bacia Potiguar, a Petrobras não encontrou dificuldades para obtenção de licença junto ao Ibama, mas ainda não divulgou os próximos passos da campanha.

Há ainda blocos offshore em Pernambuco-Paraíba, Espírito Santo, Campos, Santos e Pelotas, esta última, protagonista do leilão realizado em 2023.

Dos 322 blocos, 44 estão localizados em terra, distribuídos nas bacias de Tucano (Bahia), Parecis (Mato Grosso e Rondônia) e Paraná, no próprio estado, onde foi incluído apenas uma área. Na oferta permanente, empresas podem fazer indicações prévias de interesse.

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