RIO – A Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) vai realizar o próximo leilão do petróleo que cabe à União nos contratos de partilha do pré-sal em 25 de junho de 2025, com a oferta de 78 milhões de barris.
O volume corresponde à produção de parte do ano de 2025 e de 2026 dos campos de Mero, Búzios, Sépia, Itapu e Norte de Carcará.
Como comparação, a PPSA fez ao final de julho o quarto leilão de petróleo da União, com a negociação de 37,5 milhões de barris da produção do ano de 2025. Os resultados superaram as expectativas de volume financeiro, que estavam em R$ 15 bilhões e foi atualizado para R$ 17 bi em arrecadação futura.
As informações foram divulgadas durante o Fórum Técnico da PPSA, nesta quinta-feira (5/12) no Rio de Janeiro.
A publicação do edital está prevista para março. O leilão vai ocorrer na B3, em São Paulo. A expectativa é que a partir do próximo ano os certames passem a ocorrer anualmente na mesma época.
O maior volume de cargas virá de Mero: 51,5 milhões de barris a serem comercializados em 12 meses. O segundo maior lote é o de Norte de Carcará.
O campo tem início de produção agendado para 2025 e o leilão comercializará 12 milhões de barris da União em 18 meses. Os lotes Itapu (6,5 milhões) e de Sépia (4,5 milhões) também serão de 18 meses e de Búzios (3,5 milhões), de 12 meses.
A PPSA apresentou a estimativa de arrecadação com a comercialização de petróleo e gás da União em R$ 500 bilhões até 2034. Se considerado os valores a serem pagos em royalties, participações especiais e tributos, a cifra supera R$ 1 trilhão.
Os cálculos consideram 19 contratos de partilha e acordos de individualização da produção dos campos de Mero, Tupi e Atapu e constam no estudo de arrecadação para o decênio 2025-2034.
Primeiro leilão de gás até dezembro
Após o próximo leilão do petróleo da União, a expectativa da PPSA é que a negociação seguinte já seja o primeiro leilão de gás natural da estatal.
Segundo o diretor de Administração, Finanças e Comercialização da PPSA, Samir Awad, a estatal tem o compromisso com o Ministério de Minas e Energia de realizar o certame de gás até dezembro de 2025.
“É um objetivo, assim, ousado. Nós temos que negociar o acesso ao escoamento, negociar o acesso ao sistema de processamento de gás natural”, disse.
A estimativa é de negociação de 1,3 milhão de m3/dia de gás, referentes à produção em 2026 e 2027.