LYON (FR) — A aquisição de quatro novos blocos na Bacia de Santos buscou consolidar a posição da Shell na região, segundo o gerente geral de Exploração, Desenvolvimento e Subsuperfície da companhia, Lucio Prevatti.
A companhia arrematou as áreas no 5º Ciclo de Oferta Permanente de Concessões da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nesta terça-feira (17/6) no Rio de Janeiro.
Segundo Prevatti, o foco da empresa no certame foi reforçar as áreas em que já atua.
Além da Shell, Equinor e Karoon também aproveitaram o leilão para ampliar o portfólio na Bacia de Santos, que teve 11 blocos arrematados, das 54 áreas ofertadas na bacia.
O executivo considerou que o leilão — que arrecadou R$ 989 milhões em bônus de assinatura — transmitiu uma “imagem muito positiva” do setor de upstream para o governo, além de reforçar a importância da continuidade dos certames.
“A reciclagem das áreas, as novas oportunidades, os investimentos que são feitos em estudos são fundamentais. Para isso, tem que ter leilão”, afirmou Prevatti.
Ele ressaltou que a realização de ofertas anuais permite à indústria se preparar para fazer os investimentos.
A última rodada da oferta permanente tinha sido em dezembro de 2023, quando os bônus de assinatura somaram R$ 421,7 milhões.
O certame desta terça alcançou uma arrecadação recorde. Foram arrematados, no total, 34 blocos dos 172 ofertados em cinco bacias — de Parecis, em terra, e de Foz do Amazonas, Potiguar, Santos e Pelotas, marítimos.
Somente a Bacia de Potiguar não recebeu lances, repetindo a tendência de baixo interesse do mercado observada em rodadas anteriores.