A Equinor foi a grande vencedora do primeiro leilão de áreas offshore para exploração de petróleo e gás organizado pelo governo Argentina. A empresa norueguesa arrematou sete blocos exploratórios no leilão, ficando com a operação de cinco dessas áreas. O leilão teve ao todo 18 das 38 áreas ofertadas pelo governo arrematadas.
Quatro das sete áreas foram arrematadas pela empresa sozinha, o que pode indicar um futuro farm-out parcial para redução de riscos. Em três projetos a empresa teve como sócia a estatal argentina YPF, sendo um deles com a participação da Total.
“Essas áreas se encaixam em nossa estratégia de exploração, proporcionando acesso em escala em bacias com alto potencial”, disse Tim Dodson, vice-presidente executivo de exploração da Equinor.
A ExxonMobil arrematou três blocos exploratórios no leilão, todos em parceria com a Qatar Petroleum (QPI), que também participou de consórcio que arrematou outras duas áreas com a operação da Shell. As três empresas têm disputado projetos do pré-sal no país também em consórcios concorrentes. ExxonMobil e QPI arremataram ano passado a área de Titã na 5a rodada do pré-sal, enquanto Shell, QPI e CNOOC levaram a área de Alto de Cabo Frio Oeste, no 3o leilão do pré-sal.
“Temos o prazer de ter esses blocos de exploração offshore, que fortalecem ainda mais a presença da QP na Argentina, juntamente com os ativos não convencionais existentes na região de Neuquén. Este importante resultado marca mais um passo para implementar nossa estratégia de crescimento internacional e maximizar as sinergias com nossa forte base existente na América Latina”, afirmou o CEO da Qatar Petroleum e ministro de Energia do Qatar, Saad Sherida Al-Kaabi.
A proposta apresentada pela ExxonMobil prevê a aquisição de sísmica 3D nos projetos arrematados. “Estamos ansiosos para explorar esta nova oportunidade na Argentina”, disse Mike Cousins, vice-presidente sênior de Exploração e Novos Negócios da ExxonMobil.
A Shell também prevê a aquisição de novos dados sísmicos para avaliar e identificar prospectos. “O leilão ofereceu oportunidades em fronteiras exploratórias significativas que têm o potencial de adicionar uma posição de longo prazo em águas profundas e complementar nossos negócios não convencionais na Bacia de Neuquén”, disse Andy Brown, diretor de Upstream da Shell.
A BP, que no Brasil também tem apostado nos leilões de pré-sal, levou dois blocos exploratórios em parceria com a Total. A empresa arrematou no 5o leilão do pré-sal sua primeira operação na região com o bloco de Pau Brasil, na Bacia de Santos, onde é sócia da Ecopetrol e a CNOOC.
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Quem também apostou forte no leilão argentina foi a Wintershall, que por aqui tem investido com em projetos na Bacia de Santos em parceria com a Chevron e a Repsol e arrematou sozinha áreas nas bacias do Ceará e Potiguar na 15a rodada da ANP. No país vizinho se associou a Pluspetrol e Tullow Oil em dois projetos. A Tullow Oil levou também uma área sozinha.
A Eni, que não participa de leilões no Brasil desde que arrematou mas não levou uma área no pré-sal da Bacia de Santos na 8a rodada da ANP, levou um projeto na Argentina em parceria com Mitsui e a Tecpetrol.
O governo da Argentina agora espera publicar até o próximo dia 1 de agosto a resolução autorizando a contratação das áreas. Os contratos devem ser assinados no mesmo mês.